Vaidade das
vaidades!
Tudo é
vaidade...
Lembra-te do teu
Criador nos dias
da mocidade,
antes que venham
os dias
da desgraça
e cheguem os
anos dos quais dirás:
“Não tenho mais
prazer.”
Antes que se
escureçam
o sol e a luz,
a lua e as
estrelas,
e que voltem as
nuvens
depois da chuva;
no dia em que os
guardas da casa
tremem
e os homens
fortes se curvam,
em que as que
moem,
pouco numerosas,
param,
em que as que
olham pela janela
perdem seu
brilho.
Quando se fecha
a porta da rua
e o barulho do
moinho diminui,
quando se acorda
com o canto
do pássaro
e todas as
canções emudecem ;
quando se teme a
altura
e se levam
sustos pelo caminho,
quando a
amendoeira está em flor
e o gafanhoto
torna-se pesado
e alcaparra
desabrocha,
é porque o homem
já está
a caminho
de sua morada
eterna,
e os choram sua morte começam
a rondar pela
rua.
Antes que o fio
de prata se afrouxe
e a taça de ouro
se parta,
antes que o
jarro se quebre
na fonte
e a roldana rebente no poço,
antes que o pó
volte à terra
de onde veio
e o sopro volte
a Deus
que o concedeu.
Vaidade das
vaidades!
Tudo é
vaidade...
Bíblia de Jerusalém. (Eclesiastes 12 – 1
a 8)