"Somos os Mestres e as Mestras das Minas Gerais .
Somos uma corrente de Pensadores Independentes e Livres , mobilizados por uma Causa Comum .
Queremos a concretização , de fato e de direito , para uma Educação Pública Libertadora e Igualitária , de Qualidade e para Todos .
Queremos o '' Labore Nostru '' de cada dia , árduo , persistente e imprescindível de Operários do Saber , devidamente , Reconhecido e Valorizado .
Hoje , legitimado por Direito e por Justiça."

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Jaguarão, 27 de maio de 2020.










Jaguarão, 27 de maio de 2020.

Me libertei... E se libertaram de mim!
Tirei os arreios... E lhes aliviei do meu fardo!
Não lhes desejo nenhum mal.
Eles que usufruam do suor, da canseira e do trabalho.
Comam, bebam, amem e sejam amados.
Essa, a única porção de felicidade, que O Senhor Deus concede aos filhos dos homens nas suas efêmeras e fugazes vidas sobre a terra.
Quanto a mim a duras penas aprendi mais uma lição:
- 1º) Minha primeira união conjugal foi por amor!
Estabeleci laços, criei raízes, filhas, filho e netas e tenho amigos.
Por motivos já declarados me separei em paz e não fechei ou fecharam as portas atrás de mim.
Quando volto sou muito bem-vindo sempre!
- 2º) Minha segunda união conjugal foi no intento de construir uma união estável e consensual, pautada por direitos e deveres, também por motivos já declarados e notórios de todos os conhecidos e interessados.
Tijolinho por cada tijolinho um dia de cada vez, entre acertos e desacertos no detestar ou gostar tentei, tentamos construir uma relação conjugal sólida e perene.
Mas não deu!
Por muito mais desentendimentos, que por muito menos entendimentos todos, os envolvidos que se relacionaram com minha pessoa, me mandaram sair.
Nenhuma voz entre os demais conhecidos se prontificou a dizer algo a meu favor.
Ou muito pior... se omitiu!
E fecharam todos as portas atrás de mim, como a um homem infame e execrável!
- 3º) O futuro só a Deus pertence!
Que a tudo e a todos dispensa na sua Onisciência e Sabedoria.
Quanto a mim, se me está reservado envelhecer sozinho, sem uma companhia feminina para esquentar-me os pés por debaixo das cobertas, envelhecerei!
Viverei dias que me restam ainda para viver em paz e em paz descerei ao pó da terra.
Pois, perante ao Altíssimo não sou devedor de ninguém, como também não pretendo ser cobrador de ninguém nesta vida debaixo do sol.
Se dívidas pessoas as tiverem comigo neste mundo, não as considerem mais, que delas nem mais me lembro...
Procuro esquecer de todo mal, que pessoas já intentaram, intentam ou intentarão ainda contra mim, tanto quanto sou agradecido por todo bem, que pessoas já me fizeram, fazem ou ainda farão.
Que O Senhor, Justo Juiz, julgue no outro mundo a mim e aos envolvidos e interessados nesta minha e causa de todos estes!!!...




domingo, 3 de maio de 2020

Aos amigos!... Se é que os tenho?...

Aos amigos!...
Se é que os tenho?...

Aos amigos!... Se é que os tenho?...
Sou alguém que ainda sonha
com um mundo melhor...
Ou, já deixei de sonhar?...
Escrevo a minha história...
Dela sou protagonista!...
Nem sempre tenho os melhores papeis...
Nem sempre me deparo
com finais felizes...
Mas, é a minha história!...
E ela é real!...

Aos amigos!... Se é que os tenho?...
Escrevo a minha “história de vida” ...
E vou lhes confessar, também....
Ficção ou realidade?...
Realidade nua e crua da vida,
muito mais em maiores proporções
à revelia dos fatos
ou imaginação do autor... posso lhes garantir,
somente aos amigos, se é que os tenho!...
E se lhes apetecerem, também,
trocarmos opiniões na primeira,
segunda e até terceira pessoa,
plurais ou singulares e de quem sabe, um dia,
lhes incluir nas minhas
e lhes contar as suas histórias,
se assim o quiserem...
Toninho.


- Isso?... Que é solidão!...

- Isso?... Que é solidão!...


De fato, e verdadeiramente,
o que vem a ser solidão?...

Posso lhes falar de solidão,
pois que,
é uma situação, que amiúde
 me tem acometido
nos meus, já muitos dias!...


Solidão?...
 Não é quando alguém
se dá conta de estar só,
irremediavelmente
sozinho.

Não ter ninguém
para lhe fazer companhia.
Conversas jogadas fora
nos papos por falar,
ninguém para conversar.

Não ter ninguém
para desabafar, expor a alma,
lembrar acontecidos
de pessoas e ocasiões,
ninguém para contrapor opiniões
ou dar incentivos ou apenas ouvir.

No olhar amigo, no olhar reprovador,
no olhar indiferente,
mas, complacente,
de uma companhia em prosear
café com bobagens.


Solidão?...
Não é sentir-se,
que perdeu o tempero,
a queda e o tino em combinar
os ingredientes nas falas investigativas, participativas
e interessantes,
que interessem a outrem
e por causa disto
sentir-se excluído
dos relacionamentos
no conviver com pessoas.

Solidão?...
Não é isolar-se
por circunstâncias
ou voluntariamente
no querer próprio
ou no descaso dos demais.

Isso?...
Não é solidão!...
Pois aos trancos e barrancos
a gente aguenta,
de quem já viveu muito,
viveu bordoadas que
“sabe como é que é”,
em muito mais
de compreender as pessoas,
do que ser compreendido
por elas.

Releva!...
Perdoar ou não perdoar,
não tem nada o que perdoar,
esquece.

Solidão?...
É muito mais do que isso!...
É um encadeamento progressivo
de rejeições acumulativas,
que machucam
e doem na alma...

A 1ª Rejeição?...
É ser esquecido pelas pessoas!...

É neste instante, que a ficha cai
pela primeira vez
e você se assusta,
mas, não se dá conta,
que está por sua conta,
deixado de lado
e relegado ao passado.

E você se toca
com espanto pela primeira vez,
ao se ver esquecido
pelas pessoas.

Ser esquecido pelas pessoas
é seu primeiro impacto,
queda ou aumento
de pressão.

Esquecem quase ou de tudo,
sem os propósitos
ou nas intenções dos propósitos
de esquecerem-se do seu empenho,
suor e trabalho realizado,
que agora, não têm importâncias
e de pouco importam
e de nada valem,
que já ficaram para trás.

Esquecem
da sua identidade perdida
de quem você foi
e lhe deixam no ostracismo
na intenção de lhe esquecerem.

É não ser mais lembrado
pelas pessoas!...

É neste instante que a ficha cai  
pela segunda vez
e você se amedronta
mas, você incrédulo,
ainda não se dá conta,
que está por sua conta,
deixado de lado
e relegado ao passado.

E você se toca
com espanto pela segunda vez,
ao não se ver mais
lembrado pelas pessoas.

Não ser lembrado mais
pelas pessoas
é seu segundo impacto,
queda ou aumento
de pressão.

Você, torna-se abstraído
tais como
aquelas páginas amareladas
de tão desbotadas e velhas
daqueles álbuns de família,
de quando em vez
alguém os vê.

São apenas lembranças
para serem lembradas
de quando em vez,
que nem saudades têm,
lembranças para serem vistas
e depois esquecidas...
É o que você é!...

A 3ª Rejeição?...
É se aperceber nas indiferenças das pessoas!...

É precisamente neste instante,
que a ficha cai, de verdade
e você se atemoriza
pela terceira vez,
mas agora,
você, definitivamente,
se dá conta,
que está por sua conta,
deixado de lado
e relegado ao passado.

E você se toca com espanto
pela terceira vez,
ao se aperceber nas indiferenças
das pessoas.

Receber apenas
indiferenças das pessoas
é seu terceiro impacto,
queda ou aumento
de pressão.

Pois, é neste exato momento,
que se dá conta verdadeiramente,
que se encontra
mais solitário do que nunca.

Que você não é apercebido
mais um na multidão,
mendigo, pedinte, excluído
ou pária,
é muito mais do que isso.

Não lhe notam
nem lhe enxergam mais,
tanto faz você existir
quanto faz você não existir...
É que você,
 tornou-se um fantasma,
invisível aos olhos de todos.

Das pessoas que lhe cercam
e convivem consigo
lugares e situações, teto e comida,
pois que sua imagem
se lhes restringiu
do obvio e da visão.

É como se fosse
e de fato é!...
De você nunca ter
existido...

- Isso?... Que é solidão!...