"Somos os Mestres e as Mestras das Minas Gerais .
Somos uma corrente de Pensadores Independentes e Livres , mobilizados por uma Causa Comum .
Queremos a concretização , de fato e de direito , para uma Educação Pública Libertadora e Igualitária , de Qualidade e para Todos .
Queremos o '' Labore Nostru '' de cada dia , árduo , persistente e imprescindível de Operários do Saber , devidamente , Reconhecido e Valorizado .
Hoje , legitimado por Direito e por Justiça."

sábado, 27 de julho de 2019

Dia dos Pais! Quem é Pai? Se não Aquele...


Dia dos Pais!

Em memória de Meu Pai!

Quem é Pai? Se não Aquele,
que já foi os olhos e ouvidos
dos recém-nascidos filhos,
doou-lhes horas e zelo nas vigílias.
Venceu o cansaço
e dedicou-lhes tempo,
desvelo e cuidados noites a dentro
nos momentos
de aflição, necessidades e apreensão:
papai tô com medo,
papai quero fazer xixi,
papai fica comigo...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que sempre esteve presente,
viu os filhos engatinharem
e se equilibrarem,
para finalmente porem-se de pé
e darem os primeiros passos.
Fez as primeiras marcas
por etapas e centímetros,
bateu palmas e deu incentivos
e viu os filhos crescerem...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que fez parte das alegrias,
da infância e descobertas dos filhos.
Esteve presente nas primeiras
brincadeiras, rotineiras,
nos parquinhos, diversões e risos,
ou nos aiai e choros
pelos machucados e dores havidas
por quaisquer distrações acontecidas,
mas nada
que carinho e iodo não resolvesse...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que acompanhou as etapas,
paulatinamente,
no desenvolvimento e progresso
dos filhos.
Quer fizesse sol,
quer fizesse chuva,
levou buscou,
insistiu, persistiu em teimar,
porque,
as primeiras letras
e as primeiras contas
seriam de grande importância
e seriam o alicerce do saber
para os filhos...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que preferenciou e persistiu
em dar uma formação religiosa
aos filhos,
“conforme está escrito:
Assim Diz O Senhor!”
Desde cedo ensinou os caminhos
por onde deveriam andar,
para que, quando adultos
não se desviassem
nem para a direita
e nem para a esquerda,
mas seguissem em frente,
conforme os mandamentos paternos.
 E se por desventura,
algum entre eles se desviasse
e se perdesse
 na sua jornada adulta,
um dia, com certeza e fé,
 ele ouviria
“O Chamado Do Espírito Do Senhor”
e retornaria...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que se doou no trabalho
e trabalhou de sol a sol
na rotina de todos os dias
e derramou suor e cansaço
a favor e benefício dos filhos.
Em anos a fio
debaixo do sereno noturno
ou sob o frio e neblina da madrugada
e mesmo até sob o sol do meio dia...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que foi previdente como as formigas
e construiu casa e abrigo para os filhos.
Não lhes deixou ao relento,
mas debaixo
de quatro paredes e teto,
para proteção do frio inverno
ou do calor verão
e mais ainda
sob o carinho e abrigo
do coração paterno...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que sempre cuidou
para que nada lhes faltasse,
aos filhos agasalhos e cobertas quentes
para lhes aquecer o sono, 
bem como,
para que nada lhes faltasse
também,
aos filhos roupas e calçados
conforme seus gostos,
mas, que coubessem
no orçamento familiar,
para que,
aprendessem desde cedo
a não esbanjarem nos gastos
e a não serem perdulários...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que nunca mediu esforços
ou poupou despesas
e foi sempre um mantenedor
generoso e zeloso
nas suas atribuições
em oferecer a mesa farta
e o pão nosso de todo dia,
por entender em ser
o alimento substancial e essencial
ao crescimento e desenvolvimento
sadio e harmônico dos filhos...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que sempre se mostrou interessado
e atuante na vida escolar dos filhos,
no intuito que formassem
e seguissem  carreira,
fazendo-os entender
que todo trabalho honesto é digno
de consideração e respeito.
Mas, que hoje em dia,
o ser mais e o subir mais
e se estabelecer profissionalmente,
o ter e o possuir mais
e usufruir de melhor qualidade
de vida,
tem tudo a haver com os estudos...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que já se passou por chato
e enxerido aos olhos dos filhos,
ao lhes xerifar noitadas e saídas,
escapadas de casa em más companhias.
E isso só por lhes querer bem...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que sempre
se manteve de olhos abertos,
ouvidos atentos, atenção redobrada
na constante vigilância
por onde os filhos andavam...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que sempre
manteve os olhos cerrados,
na eterna vigília
e oração ao Senhor Bom Deus
para que
Ele nunca se descuidasse
em enviar seus Anjos, Anjos da Guarda
que guardassem seus filhos
por lugares por onde se extraviassem
e os livrassem de todo mal, violência
ou morte...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que nunca se descuidou
ou se omitiu em aconselhar e discernir
o certo do errado,
o pode não pode,
o deve não deve aos filhos
e sempre esperou
que eles lhe seguissem
os passos...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que já tinha tudo planejado
na infância, adolescência e juventude,
ao seu ver
de bom e de melhor para os filhos.
Entretanto,
se eles, quando adultos,
fizessem suas escolhas e seguissem
suas próprias inclinações e tendências,
percorrendo outros caminhos,
mesmo assim,
Ele não lhes negaria as bênçãos...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que já teve um filho extraviado,
sentiu aflição e aperto no coração
por cada lágrima vertida,
esperançoso e apreensivo
pelo retorno deste filho...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que já viu os filhos crescidos
partirem
na necessidade de se afirmarem,
 se estabelecerem e se aventurem
pelo novo.
Contudo,
se algum dentre eles deu lhe as costas
e ser o Pai apenas página virada,
ultrapassada e descartada no esquecimento,
este Pai sempre relevou, perdoou
e o recebeu de braços abertos... 

Quem é Pai? Se não Aquele,
que sempre se manteve preocupado
e nunca desistiu em acreditar,
ansioso e desejoso,
que os filhos tomassem jeito
e se aprumassem na vida...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que já viveu
muitas tardes e manhãs
e se acostumou com elas
e não se importa mais
se é hora de partir
ou se é hora de ficar,
mas nunca se acostumou
e se importa ainda,
que quando partir,
poder ver todos os seus
já resolvidos,
se ajeitando na vida...

Quem é Pai? Se não Aquele,
que nunca proferiu
uma palavra de maldição
se quer,
 contra qualquer filho seu,
mas sempre guardou palavras
de bênçãos,
Que o Senhor
Te acompanhe e Te guarde
nos seus caminhos...


terça-feira, 16 de julho de 2019

TESTEMUNHO DE UM TAL HOMEM.


 Ouçam a melodia, enquanto leem
“a estória desse tal homem”...
Assistam, também, aos vídeos postados abaixo, 
ao término da edição desta matéria.

TESTEMUNHO DE UM TAL HOMEM.

E este não sou eu!...
É só um relato de um tal homem sonhador,
que por ora passo a relatar suas palavras,
frustrações e sonhos.
Começam assim...

_Triste sina esta minha, 
em ter de me abaixar tanto, 
a ponto que tive, em derramar minha alma!...
Que nesta altura dos dias vividos, me dei conta e vi
não ter sobrado muita coisa para mim, não!...
Eu só trabalhei, doei-me inteiramente
para os interesses alheios, afoitamente,
não resguardei-me nas sobras deixadas 
ou apercebidas que vi
quase nada do carinho, afeto ou amor,
para aquecer-me no inverno nos fins dos meus dias.
Este sentimento machucado que persiste nesta 
perda irreparável,
que tem-me magoado, profundamente, minha alma, 
meu coração.

Hoje,  sei conversar é apenascomigo mesmo
e tendo Deus por Testemunha.
Conselheiro Fieleu O tenho por Companheiro
Leal, Franco, Verdadeiro para todas as horas, tempo 
ou lugar.
Tem-me livrado das enrascadas
metidas nas intenções ou nas inocências do fazer.
Tem-me trazido semprede volta ao caminho verdadeiro!...

Eu que tento não levar ou distribuir
ofensas ou desentendimentos, 
ou maltratar por palavras, gestos ou ações
 pessoas de longe ou pessoas de perto.
Eu que tento ter cuidado de não retrucar ou ferir,
por atitudes ou impropérios,
sutilezas de terceiros ou sutilezas 
dos mais próximos.
Com quanto tenho respeitado e considerado
 bens e pessoas próximas ou pessoas distantes.
Que para mim pertence dos outros é dos outros
e mulher dos outros para mim é homem!...
Estas mesmas mulheres alheias, amadas 
ou não amadas,
ou enjeitadas, ou largadas ou sós...

Aos abastados ou necessitados,
aos afortunados ou desafortunados,
aos afeiçoados ou desafeiçoados, 
aos respeitosos ou irreverentes,
aos apegados ou desapegados,
aos muitos alegres ou muitos tristes,
aos muitos satisfeitos ou muitos queixosos,
aos muitos ajuizados ou muitos parvos 
e inconsequentes,
aos bem novos ou bem idosos,
aos bem experimentados ou bem inexperientes,
aos bem resolvidos ou bem indecisos, 
tanto faz indivíduos homo ou heterossexuais,
tanto faz ricos ou pobres,
tanto faz bondosos ou perversos,
tanto faz letrados ou ignorantes,
tantos faz bem-aventurados ou desventurados, 
tanto faz homem ou mulher, 
ele e ela, êxtases da beleza ou ele e ela, 
repulsas da feiura,
na distinção do ver , do sentir e do tratar,
os tenho considerados iguais,
 que iguais todos nós somos
em quase tudo!...

Pois, que temos o mesmo sol
por teto em cima da cabeça,
por chão a mesma terra por baixo dos pés
e por mesmo destino, para todos nós, que é um só:
_ Para debaixo do mesmo chão, um dia 
todos nós vamos!...
Por esse simples motivo é que todos somos iguais
e temos de nos tratar dos mesmos jeitos e maneiras,
na bondade solícita dos nossos corações!...
Que para mim palavra é palavra verdadeira,
dada só uma vez irretocável
e não volta atrás, mesmo com dolo próprio.
Eu que só tenho despojado 
essa minha vida gasta nas refregas e pendengas
de nunca terem fins e de nunca me darem sossego,
paz ou descanso e um lugar por travesseiro,
onde possa, finalmente, descarregar e despejar 
minha alma e meu coração.
Triste sina esta minha
quase uma marca ou maldição,
tenho de carregar, sinalizando minha vida 
e meus dias...
É tão simples assim de ser dita,
mas não de ser apercebida, tamanha a desdita!...
De mim, totalmenteamoroso apaixonado,
que nem notado, nem apercebido, nem querido sou,
tantos pelos meus ou pelas mulheres 
da minha vida!...

Mulheres e mulheres, várias e tantas delas...
Mulheres que tem-me cruzado o caminho,
ou ao acaso ou em ocasiões determinadas 
ou por obra e sorte do destino!...
As quais  no olhar,  no andar,  no falar,
eu  as conheço inteiras nas certezas,
nas verdades inconfessáveis 
dos seus sequiosos corações,
na busca por carinho, afeto, amor ou sexo!...
Eu queapenas sei notar seus trejeitos,
maneiras e faceirices no andar, maliciosos ou intencionais,
da mulher casta ou da mulher apaixonada,
da mulher da vida ou da mulher do lar!...
E lhes enxergar complacências ou malevolências 
nas faces,
na entrega total ou parcial 
ou na repulsa da resignação,
pela vergonha, raiva ou prazer de se darem 
aos homens,
com vontade e com afeto 
ou contra vontade e sem afeto
ou  no sexo!...
Isto acontece, aconteceu ou irá acontecer
para todos os  tipos de mulheres novas
iniciando-se cedo, curiosas ou ansiosas
na prática de amarem, de entregarem-se 
e se apaixonarem!...
Ou para aquelas escoladas e vividas,
frustradas ou não, satisfeitas ou insatisfeitas 
na arte do amor!...
E, ainda, para aquelas escoladas e vividas mais, 
ainda mais,
que guardam lembranças boas que satisfizeram
na cama ou fora dela,
ou que guardam insatisfeitas  mágoas e tristezas
havidas e passadas!...

Quem sabe?... 
 _ Seria eu capaz de interpretar benfazejos, 
sonhos, ilusões, realidades
de todos esses mistérios e assombros
que incomodam e tiram o sono
da maioria dos homens desajeitados,
incompetentes e debochados,
egoístas e tratantes,
machucadores e ingratos,
no trato de lidar com cuidado, carinho, afeto e amor
com esta flor única e bela, chamada mulher?...

Ah!... Mulheres e mais mulheres,
que tem passado diante dos meus olhos,
ou no desejo ou na paixão ou no afeto
de tê-las amorosas na cama , no desejo, na paixão 
e no amor!...
Vou lhes fazer uma revelação,
guardada de longa e longa data...
_ Onde terei eu aprendido o trato refinado
no lidar tanto ou sentir tanto as mulheres?...
_ Nos prostíbulos, bordeis ou casas dos prazeres?...
_ Nas portas alheias fartas e interesseiras
do sexo passageiro, fugaz, avassalador?...
_ No recato das virgens,
com suas intimidades mal resolvidas 
ou mal encaminhadas,
seduzindo e desencaminhando tantas
que  anseiam por experimentar homens feitos
e de se entregarem aos prazeres da paixão e do sexo,
nas suas primeiras vezes?...
Com as dadivosas mulheres fáceis,
que rodam ruas, portas ou janelas, bares ou botecos,
mulheres disfarçadas e não amadas, não queridas,
mas sequiosas dos desejos e queixosas da vida,
envolventes e apressadas ,
que de graça dão
o sagrado que têm por entre as pernas?...
Com estas mesmas mulheres
que podem sacudir a intenção,
provocar, levantar e incendiar
 o fogo da tesão e da paixão do macho homem?...
Com quanto são elas mesmas,
mulheres capazes também,
em outras circunstâncias e momentos
de apagar o fogo
e capazes de derribar e pisar por terra,
machucar, profundamente, corações masculinos,
lhes frustrando os intentos afoitos
e frouxando suas virilidades e machezas?...

Vou lhes fazer minha revelação então!...
Que afinal curiosos estão todos vocês, 
principalmente leitores femininos,
mulheres novas ou mulheres experimentadas
ou vocês simples iniciantes ou vocês
mulheres das tantas primaveras e flores,
vou lhes dizer minha verdade!...

_ Olha!...
_ Que não sou nenhum rei Salomão,
que ,  teve,
“quando lhe ardessem desejos libidinosos
de macho na cama”,
um harém à sua disposição dia e noite e noite e dia,
de mil mulheres, esposas e concubinas,
para os seus deleites, desfrutes e prazeres
únicos carnais...

 Mulheres, e mais mulheres, as delícias 
dos homens!...
_ Minha vida inteira entre tantas que conheci,
pra valer e que me marcaram até agora
  quatro mulheres foram elas...

_ A primeira foi aquela...
Foi uma prostituta prestimosa,
amorosa, carinhosa e jeitosa,
que iniciou-me na vida e no experimento dos homens.
Ainda, hoje, guardo com carinho e afeto,
lembranças e reminiscências dela...

_ A segunda foi aquela...
Outra vez, foi um mulher da vida, 
mas com uma diferença!...
Essa me espantou, de vez, desta prática iniciante,
dos prazeres pagos e viciantes,
na oferta e procura
do sexo comercial entre homens e mulheres.
Pelas suas atitudes e nas suas “sem cerimônias”,
ao empoleirar-se na pia do “recinto e ninho de amor”,
inteiramente com as pernas “arreganhadas”
e lavar, “escrachadamente”,
suas sexualidades após o comércio do amor e sexo...

_ A terceira foi aquela... Foi a esposa do lar...
Pela qual vivi por tempo determinado
de trinta e oito anos seguidos!...
Nas alegrias e nas tristezas... 
Na riqueza e na pobreza... 
Na saúde e na doença...
Na felicidade e no infortúnio... 
Nos muito e nos muito pouco... 
das satisfações e contrariedades...
das farturas e carências...  
dos bons e maus momentos... 
das prosperidades e adversidades...
dos percalços e vicissitudes
da vida...

Fui fiel e me doei por inteiro
no enquanto juntos estivemos,
debaixo dos mesmos lençóis
ou sob o mesmo teto,
uma vida inteira, levada no desejo
de fazê-la feliz , realizá-la completa
na cama e fora dela!...
Mas, me vi frustrado e fracassado
 neste intento e nesta vontade, 
hoje já, tempos passados!...
Nos separamos,
contudo não a tenho deixado
no desamparo ou desvalida
entregue à própria sorte ou destino,
mas ainda, tenho cumprido o prometido!...

_ A quarta está sendo aquela!...
Pela qual vivo hoje,
arquiteto e construtor,
construímos juntos eu e ela
uma relação amorosa de calor e afeto
permanente e duradouro
num experimento em se gostar,
em se descobrir e se amar
advindo aos poucos, com o tempo!...
 Tijolinho por tijolinho em nos conhecermos,
na procura das afinidades e reciprocidades
de erros e acertos do gostar ou detestar,
um dia de cada vez!...
E nos descobriremos, com certeza,
na solidez e alicerces
da imensa precisão um do outro?...

_Estará sendo um amor em construção?...
Juntos!... Enquanto perdurarem
o encanto e o amor perene?...
Pois que, os motivos que se movem
nesta nossa relação de amor, calor e afeto
são o amor perene e o  encanto permanente
de um para com o outro
numa convivência diária 
estável e harmoniosa. 
E nada mais!...
Se não combinarmos e aceitarmos juntos
no meter a cara,
arregaçarmos as mangas e coragem,
botar mãos à massa, pedras e argamassas,
pôr tijolos e reboco, teto e pintura
nos prumos e acertos deste relacionamento!...
Não valerá a pena
continuarmos juntos sob o mesmo teto,
 juntos sob as mesmas cobertas,
até que a morte nos separe!...
E vida que se segue!...

E a vida terá seguido seu curso
em anos mais que se seguirão outros dias,
 dias já envelhecidos na vida deste homem?...
Terá ele de conformar-se
e cumprir seu ciclo e prazo debaixo do sol
 no enquanto vida ainda tiver,
vivida nas ruínas dos sonhos e quimeras
só nos fazem de contas
por esse amor concebido, nunca tido
ou possuído por uma amada imaginária,
sua amada imortal dada à luz e vida
apenas no papel
ou nas lucidez ou estultícia parecidas iguais
da  sua utopia?...
Que pelas contas e cobranças da vida
seus dias já estarão altas e avançadas
horas da noite!...

Ou se tal mulher,
nomeada amada na intenção
e inteireza de sua alma e coração,
 existe de fato,
terá ele ainda, um resto de sopro e vida
e alento numa última e derradeira
esperança
que se recusa a lhe fechar os olhos
em desistir e esquecer-se dela?...
Pela qual ele se fez firme
na procura e no propósito
de encontrá-la e de lhe ter,
mesmo que tardiamente,
sua amada imortal?...
Para este ainda, desventurado mortal,
que agora, tem seus dias abreviados,
fica difícil de segurar o cabresto
deste fogo avassalador e voraz
no mesmo desejo e paixão da juventude,
que farta e ainda sobeja
aos apaixonados e amantes
na volúpia e amor!...
Por mais que ele tenha apercebido
e lido olhares femininos,
 cobiçosos, desejosos ou oferecidos,
disfarçados ou, carinhosamente descarados,
convites sem compromissos e gratuitos,
na fartura e na luxúria!...
Pronto ele estar a cumprir
e somente no seu propósito:
_ No seu coração se propôs e assentou,
na força do caráter e na vontade de sua alma
 e se for da vontade e designo
do Altíssimo,
nos fins dos seus dias
há de surgir, com certeza aquela,
que fará ressurgir das cinzas o moço
da juventude!...
Com ou sem,
consentimento ou compreensão dos homens,
mas sob os auspícios e bênçãos do Divino,
o seu único e verdadeiro amor,
tardio dos seus dias,
há de surgir para lhe aquecer os pés
por debaixo das cobertas
 e acariciar no afeto, amor e paixão
seus desejos, os dele e dela na intimidade
dos seus sentimentos!...
E  sobre lençóis brancos satisfazer-se
e bastar-se , suficientemente o bastante ,
tanto quanto irá satisfazê-la
e bastá-la, completamente, na cama!...
Com quanto também, fora da cama,
conjugando uma vida real 
de rotinas e necessidades, 
incumbências e responsabilidades 
percalços e vicissitudes, 
vivida plena 
e intensamente usufruída por ambos
no enquanto
seus olhos verem a luz do sol,
juntos pelos olhos
da sua amada imortal!...

Esse, o testemunho desse tal homem!...
Só parvo ou... perdidamente sentimental... 
ou... totalmente, amoroso apaixonado?... 

E se ele nunca existiu
ou se de fato existe na vida real
 ou se é obra criada da ficção e imaginação do autor,
isso agora é com vocês ouvintes e leitores!...
Vocês quem decidem o rumo da estória,
verdade verdadeira ou mentira
de verdade...
Fim.