"Somos os Mestres e as Mestras das Minas Gerais .
Somos uma corrente de Pensadores Independentes e Livres , mobilizados por uma Causa Comum .
Queremos a concretização , de fato e de direito , para uma Educação Pública Libertadora e Igualitária , de Qualidade e para Todos .
Queremos o '' Labore Nostru '' de cada dia , árduo , persistente e imprescindível de Operários do Saber , devidamente , Reconhecido e Valorizado .
Hoje , legitimado por Direito e por Justiça."

domingo, 15 de janeiro de 2017

SONHOS E FATOS... DO IMAGINÁRIO DA VIDA REAL. 9º CAPÍTULO.



DIVINACIDADE, 04 DE DEZEMBRO DE
2013.
QUARTA –FEIRA.


SONHOS E FATOS...
DO IMAGINÁRIO DA VIDA REAL.
9º CAPÍTULO.

DO OUTRO LADO DO RIO
TINHA UM TESOURO ! . . .

Era um vez . . .
Um menino, “bão” de se ver, obediente, cresceu trabalhador ao lado do Pai.
Pai fazendeiro, criador de gado, criava bois, vacas e bezerros na sua propriedade.
Tinha vários camaradas aos seus cuidados e serviços, que naquele tempo não tinha trator.
Não tinha capinadeira, não tinha  colheitadeira. Tinha era o suor da enxada e do arado, do homem simples da roça.
Que roçava o pasto, arava a terra, plantava milho, arroz e feijão, olhando o tempo certo da estação.
Que a estação naquela época era estação que vinha no tempo certo e não “faiava”.
E havia fartura na mesa, vinda do suor derramado, vindo da terra e ninguém passava fome por aquelas bandas.
E o menino foi crescendo, vendo tudo isto nessa gente simples, trabalhadeira, ordeira e pacífica, que tinha pouco dinheiro guardado.

Que dinheiro, naquela época, era artigo raro.
Mas o que não era raro, era a honra e a palavra dada e empenhada, era cumprida.
E o menino vendo tudo isto, cresceu menino trabalhador, respeitador, solidário e prestativo, sim senhor!...

Aí que entra a estória que vamos contar.
Verdadeira ou faz de contas, eu deixo por sua conta e risco d'ocês, Leitores (as)!...

Conta-se, ainda hoje por aquelas bandas, que o povo não esqueceu.
Que o menino recebia do Pai, todos os dias, depois da viração do dia.
À tardinha, após ter apartado os bezerros, capinado junto com os camaradas, que apreciava de aprender um ofício novo, recebia uns trocadinhos pelos serviços prestados.
E todos os dias, bem à tardinha estava sempre dizendo a mesma fala pro Pai:

“Péra aí” Pai, que vou ali...
– Vou pro outro lado do rio, “gorinha” mesmo, de volta e volto já...

Era até divertido ouvir a mesma estória e engraçado de se ver o menino dizer e repetir as mesmas frases.
Que o Pai achava mais graça ainda e aumentava sempre mais os trocadinhos.
Pelos serviços prestados pelo menino trabalhador, após a viração do dia.
E o menino foi crescendo, os dias passando, que tudo passa.

Ficou rapaz, a barba cresceu.
Teve que começar a rapar, para ter reparo e olhares das moças do lugar.
Mas continuava com a mesma estória, depois da viração do dia.
Mesmo exausto e vendo se acabar mais um dia, cheio das obrigações e das lidas de todos os dias.
Que trabalhos demais ou trabalhos de menos, não cansam, mas honram quem os faz com dedicação e vontade!...
E sempre estava a dizer pro Pai:

“Péra aí” Pai, que vou ali...
– Vou pro outro lado do rio, “gorinha” mesmo, de volta e volto já...

O Pai que nunca ligava e achava graça nessa estória, “péra aí Pai, que vou ali, pro outro lado do rio, gorinha mesmo, de volta e volto já”, um dia ligou e se tocou e quis saber, que estória era esta?...

Aí então, menino agora rapaz, orgulhoso de ter chamado finalmente, a atenção do Pai.
Que agora o via como homem resolvido, estufou peito e só disse:

– Venha meu Pai, que vou mostrar pro Senhor, a minha ocupação de todos os dias.
– Depois da viração do dia, bem à tardinha, do outro lado do rio.

Pai e Filho atravessaram o rio, para as bandas de outras terras, que todos diziam ter dono, mas ninguém sabia que dono era este.
Viram a terra cuidada e arada, plantada com milho, feijão e arroz do tempo certo da estação.
Viram um punhadinho de gado: bois, vacas e bezerros pastando sossegados no pasto.
Roçado e cuidado!...
Viram um ranchinho se levantando do chão, de tijolos de pau a pique, com a cobertura ainda por fazer e se assentar sede da fazenda.
Agradou muito aos olhos do Pai, o esmero daquela terrinha cuidada com zelo e nada de desmazelo por um proprietário trabalhador.
Quis saber quem era este dono desconhecido, camarada do lugar, ou camarada de fora?...

Aí o menino, que não era mais menino.
Era rapaz feito, quase homem completo, já crescido nas barbas e das vergonhas, na maneira simples de dizer.
Na linguagem sincera daquele povo honesto, trabalhador do lugar, disse assim pro seu Pai:

– Meu Pai!...
Tudo isto que o Senhor está vendo, até onde as suas vistas podem alcançar é o resultado daqueles trocadinhos.
Que todos os dias, desde menino, o Senhor me agraciava pelos trabalhos prestados, lado a lado com os camaradas da fazenda.
Juntei esses “trocadinhos”, adquiri essas terrinhas.
E todos os dias, depois das lidas e tarefas, que me cumpriam fazer pro Senhor, eu vinha.
Para esse lado do rio, depois da viração do dia, bem à tardinha, para cuidar das minhas terrinhas também.

Os olhos do Idoso, que o Pai agora já era de idade, vazaram d’água!...
Não disse nada!...
Só deu um abraço apertado, muito apertado de se dar, a quem a gente quer, bem demais!...

Levantou as vistas pro alto...
Olhou pra além das estrelas...
E agradeceu a DEUS por ter criado um filho “tão bão” afinal, obediente e trabalhador, que honrou o seu nome.

Pois está escrito:
– “Honra teu Pai e tua Mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra, que Iahweh teu Deus te dará”.

ESTE É O PRIMEIRO MANDAMENTO DO SENHOR DEUS COM PROMESSAS: VIDA PRÓSPERA, FELIZ E LONGEVA AOS BONS FILHOS E FILHAS!...

Assinado:mestresdasgerais.
[uma homenagem sincera, de coração,
a todos e todas bons, filhos e filhas,
que honram Pai e Mãe!...]
Uma homenagem aos meus Pais...
Saudades...




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