DIVINACIDADE, 04 DE DEZEMBRO DE
2013.
QUARTA
–FEIRA.
SONHOS E
FATOS...
DO
IMAGINÁRIO DA VIDA REAL.
9º
CAPÍTULO.
DO OUTRO LADO
DO RIO
TINHA UM
TESOURO ! . . .
Era um vez . . .
Um menino, “bão” de se ver, obediente, cresceu trabalhador ao lado do Pai.
Pai fazendeiro, criador de gado, criava bois, vacas e bezerros na sua
propriedade.
Tinha vários camaradas aos seus cuidados e serviços, que naquele tempo não tinha trator.
Não tinha capinadeira, não tinha colheitadeira. Tinha era o suor da enxada e do arado, do homem simples da
roça.
Que roçava o pasto, arava a terra, plantava milho, arroz e feijão,
olhando o tempo certo da estação.
Que a estação naquela época era estação que vinha no tempo certo e não “faiava”.
E havia fartura na mesa, vinda do suor derramado, vindo da terra e
ninguém passava fome por aquelas bandas.
E o menino foi crescendo, vendo tudo isto nessa gente simples,
trabalhadeira, ordeira e pacífica, que tinha pouco dinheiro guardado.
Que dinheiro, naquela época, era artigo raro.
Mas o que não era raro, era a honra e a palavra dada e empenhada, era
cumprida.
E o menino vendo tudo isto, cresceu menino trabalhador, respeitador,
solidário e prestativo, sim senhor!...
Aí que entra a estória que vamos contar.
Verdadeira ou faz de contas, eu deixo por sua conta e risco d'ocês, Leitores (as)!...
Conta-se, ainda hoje por aquelas bandas, que o povo não esqueceu.
Que o menino recebia do Pai, todos os dias, depois da viração do dia.
À tardinha, após ter apartado os bezerros, capinado junto com os
camaradas, que apreciava de aprender um ofício novo, recebia uns trocadinhos
pelos serviços prestados.
E todos os dias, bem à tardinha estava sempre dizendo a mesma fala pro
Pai:
– “Péra aí” Pai, que vou ali...
– Vou pro outro lado do rio, “gorinha” mesmo, tô de
volta e volto já...
Era até divertido ouvir a mesma estória e engraçado de se ver o menino
dizer e repetir as mesmas frases.
Que o Pai achava mais graça ainda e aumentava sempre mais os
trocadinhos.
Pelos serviços prestados pelo menino trabalhador, após a viração do dia.
E o menino foi crescendo, os dias passando, que tudo passa.
Ficou rapaz, a barba cresceu.
Teve que começar a rapar, para ter reparo e olhares das moças do lugar.
Mas continuava com a mesma estória, depois da viração do dia.
Mesmo exausto e vendo se acabar mais um dia, cheio das obrigações e das
lidas de todos os dias.
Que trabalhos demais ou trabalhos de menos, não cansam, mas honram quem
os faz com dedicação e vontade!...
E sempre estava a dizer pro Pai:
– “Péra aí” Pai, que vou ali...
– Vou pro outro lado do rio, “gorinha” mesmo, tô de
volta e volto já...
O Pai que nunca ligava e achava graça nessa estória, “péra aí Pai, que vou ali, pro outro lado do
rio, gorinha mesmo, tô de
volta e volto já”, um dia ligou e se tocou e quis
saber, que estória era esta?...
Aí então, menino agora rapaz, orgulhoso de ter chamado finalmente, a atenção do
Pai.
Que agora o via como homem resolvido, estufou peito e só disse:
– Venha meu Pai, que vou mostrar pro Senhor, a minha ocupação de todos
os dias.
– Depois da viração do dia, bem à tardinha, do outro lado do rio.
Pai e Filho atravessaram o rio, para as bandas de outras terras, que
todos diziam ter dono, mas ninguém sabia que dono era este.
Viram a terra cuidada e arada, plantada com milho, feijão e arroz do
tempo certo da estação.
Viram um punhadinho de gado: bois, vacas e bezerros pastando sossegados
no pasto.
Roçado e cuidado!...
Viram um ranchinho se levantando do chão, de tijolos de pau a pique, com
a cobertura ainda por fazer e se assentar sede da fazenda.
Agradou muito aos olhos do Pai, o esmero daquela terrinha cuidada com
zelo e nada de desmazelo por um proprietário trabalhador.
Quis saber quem era este dono desconhecido, camarada do lugar, ou camarada de fora?...
Aí o menino, que não era mais menino.
Era rapaz feito, quase homem completo, já crescido nas barbas e das
vergonhas, na maneira simples de dizer.
Na linguagem sincera daquele povo honesto, trabalhador do lugar, disse
assim pro seu Pai:
– Meu Pai!...
Tudo isto que o Senhor está vendo, até onde as suas vistas podem
alcançar é o resultado daqueles trocadinhos.
Que todos os dias, desde menino, o Senhor me agraciava pelos trabalhos
prestados, lado a lado com os camaradas da fazenda.
Juntei esses “trocadinhos”, adquiri essas terrinhas.
E todos os dias, depois das lidas e tarefas, que me cumpriam fazer pro
Senhor, eu vinha.
Para esse lado do rio, depois da viração do dia, bem à tardinha, para
cuidar das minhas terrinhas também.
Os olhos do Idoso, que o Pai
agora já era de idade, vazaram d’água!...
Não disse nada!...
Só deu um abraço apertado, muito apertado de se dar, a quem a gente
quer, bem demais!...
Levantou as vistas pro alto...
Olhou pra além das estrelas...
E agradeceu a DEUS por ter criado um filho “tão bão” afinal,
obediente e trabalhador, que honrou o seu nome.
Pois está escrito:
– “Honra teu Pai e tua Mãe, para que se prolonguem os teus dias na
terra, que Iahweh teu Deus te dará”.
ESTE É O PRIMEIRO MANDAMENTO DO SENHOR DEUS COM PROMESSAS: VIDA PRÓSPERA, FELIZ
E LONGEVA AOS BONS FILHOS E FILHAS!...
Assinado:mestresdasgerais.
[uma
homenagem sincera, de coração,
a todos e
todas bons, filhos e filhas,
que honram
Pai e Mãe!...]
Uma
homenagem aos meus Pais...
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