SAUDADES ...
mas de ser
sentida saudades n’alma,
é,
indescritivelmente, despercebida
pela maioria,
só perceptível
e só solitária no coração
de quem a
sente e convive com ela! . . .
É como se fossem
goteiras
de chuvas
pingando
pingos
doídos, sentidos de tanto querer
e não ter,
aquela
presença, aqueles olhos,
aqueles
lábios,
pingos
doídos, sentidos de tanto querer
e não ter,
o cheiro,
o contato daquele corpo desejado
e sentir o
calor, os afagos das mãos
e dos
abraços,
pingos
doídos, sentidos de tanto querer
e não ter,
olhos nos
olhos e se perder horas
se fitando
no bem querer,
de tanto
querer afetos, carinhos
da mulher
amada! . . .
É como se
fosse um fim de tarde
e eu visse
a tarde nunca morrer,
numa
agonia sem fim, demoradamente,
findando o
dia, luz e claridade,
no
escurecer das saudades,
só para se
repetirem outro dia,
amanhã,
mais uma
tarde findando novo entardecer,
mais uma
noite, escuridão e trevas,
nas
saudades que me agoniam
esse meu
coração de ti, minha
amada,
que eu
espero todos os dias,
no findar
da tarde ou no findar da noite
e findando
e ficando, nessa espera,
mais um
dia! . . .
Saudade é uma
palavra fácil de ser dita,
mas de ser
sentida saudades n’alma,
é,
indescritivelmente, despercebida
pela maioria,
só perceptível
e só solitária no coração
de quem a
sente e convive com ela! . . .
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