QUANDO?
pode se permitir ao direito de descansar seus
ossos,
corpo e alma na velhice que se advém rápida,
implacável no aparecimento das rugas,
da pele curtida e macerada pela idade?
Quando o próprio motivo da motivação já perdeu a
razão
e as instancias em pensar e continuar perdem
sentido,
vacilam nos passos trôpegos miúdos nas subidas e
descidas,
devagar ladeira abaixo, devagar ladeira acima?
Quando a força dos braços outrora rijos e fortes
falham e sucumbem nos momentos de pegar,
carregar e sustentar cargas,
cargas leves que se tornam cargas pesadas?
Quando as vistas divagam no horizonte perto ou
longe,
pouco distinguem vultos ou silhuetas
nas cores e formas precisas ou indefinidas?
Quando sons e vozes se confundem
e não mais se distinguem nos barulhos ou
sussurros
em ouvir e distinguir escalas e falas
nos tons graves ou agudos?
Quando a mente envelhece,
amadurecem raízes e pensamentos,
alvejam cãs e vaidades,
cerram pálpebras e sobranceiras?
Quando a fome se torna escassa,
o apetite em saciar-se perde o sabor
e não mais se distinguem paladares amargos,
doces, azedos ou salgados?
Quando o homem se encaminha
para sua morada eterna?
E cessam instintos e vontades,
pois para onde ele vai
não existem decepções, dores ou pesares,
muito menos vaidades, alegrias ou prazeres,
tão somente o vazio e o esquecimento,
a escuridão do nada ser!
Lembra-te, pois, do Teu Criador
nos anos produtivos da tua juventude!
Assim sendo come, bebe e empreende,
ama e deixa tuas raízes!
Tudo o tiveres em mãos para fazer, faça-o!
Mas tenhas em mente o seguinte:
que de tudo O Senhor te fará dares conta!
E os anos da tua velhice
não te serão pesados e nem um fardo,
quando então, descerás ao pó!
E mesmo que se passem décadas, séculos ou
milênios,
ouvirás a Voz do Teu Criador e retornarás do pó
e entrarás, finalmente, para O Descanso do
Senhor!
mestresdasgerais
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