Mulheres e mais mulheres,
as delícias dos homens...
- A vida tem me ensinado muitas coisas...
Entre tantas, que me custaram tempo
e sofrimento,
mas de tanto me ver recebendo rebordosas
e repentes nos dissabores dos relacionamentos
afetivos amorosos infrutíferos ou passageiros,
me dei conta finalmente, em me encontrar só.
Ressarçado e enjeitado nos azares das barganhas,
relegado às berlindas e desagregado
de tantas portas e corações alheios femininos.
Tanto quanto me encontro hoje,
peregrino da estrada na busca insistente, extenuante
à cata e abrigo de um teto solidário e amigo,
onde morar.
E nessa de só receber
e nunca retribuir cacetadas e revides
a proporções iguais,
aprendi e me “doutorei” em avaliar pessoas,
igualmente a homens e mulheres.
E a enquadrá-los e classificá-los de acordo
com seus comportamentos consequentes
e subsequentes
às suas condições de exporem-se
e exporem a outrem,
segundo os “status quo” imperantes
de suas personalidades.
Que é regra e de regra geral intangível e imutável,
quanto à maioria dos ditos “homo sapiens”,
que habitam seus pés por cima da terra
e transitam suas cabeças por debaixo do sol
agirão, agem ou agiram
conforme meia dúzia de parâmetros
de comportamentos.
Interesses, necessidades e importâncias
são parâmetros de comportamentos consequentes.
Beleza, fama e fortuna
são parâmetros de comportamentos subsequentes.
Também, posso afirmar
quanto às estas mesmas questões,
que aqui não se aplica
ou se veste o fardão que:
“para toda regra há exceção”.
Muito pelo contrário, que o contrário é a regra,
que aqui se trata e está dito e se pratica que:
“a exceção é a regra
e a regra é uma parcela ínfima”.
Que “bem poderia de ser” por “regra geral”
no conviver e existir da humanidade,
que em sua maioria constituísse
de “homo sapiens” pacíficos,
solidários e de boa índole no construir os fatos
e a história
e deixassem legados e paradigmas
às gerações subsequentes,
de tolerância, honestidade e caráter,
que a “exceção” fosse uma insignificante parcela
de “homo sapiens” maus
e inadequados, insociáveis e insurgentes,
mas desassociados e párias da sociedade.
Contudo, a maioria de homens e mulheres
praticarão, praticam ou praticaram
em suas efêmeras existências atos:
acordos de compra e venda,
trocas e permutas,
cessões e desapropriações,
desassociados ou associados,
definitivos ou transitórios,
permanentes ou solventes
na posse ou restituição
do toma lá dá cá
de bens, honra e sexo.
Sob à ótica e aos moldes de práxis
e imperante do “sine qua non”
das situações ou ocasiões,
objetos e pessoas
que se lhes movem os interesses
ou se lhes premeditam as necessidades
ou se lhes ambicionam importâncias e valores.
Aplicam, outrossim,
esta mesma linha de raciocínio tacanho,
subjetivo e egoísta em medir e pesar pessoas
pelos subterfúgios dos seus comportamentos
e restritos aos interesses, necessidades
ou importâncias, que lhes são próprios,
nas escolhas de seus pares e sexo,
desenxergados de uma visão altruísta e realística
e muitas das vezes desassociados
e contrários à “mãe natureza”,
tão somente observando-se
padrão de beleza, rol da fama,
ou fortuna acumulada.
Que agora resultam mistérios,
que o próprio rei Salomão
em suas “indagações reveladas”
afirma ser um mistério as formas e maneiras
de as mulheres se entregarem aos homens!!!
Que na natureza não existem mistérios,
que o mais forte vença
e se estabeleça macho dominante
ou que as fêmeas após exibições mirabolantes
de grandeza, força, graça e beleza dos machos
se deem aos seus pares,
para a perpetuação e descendência da espécie
em proles fortes, sadias e aptas
a vencer desafios da existência.
Quanto aos seres homens e mulheres,
para muitos deles e delas,
não existem motivos de mistérios,
conformes às questões relevantes tratadas
nos ditos comportamentos consequentes
e subsequentes da condição humana,
quanto a este mesmo assunto,
pois trata-se apenas de uma troca ou barganha.
Mulheres e mais mulheres,
as delícias dos homens...
- Mulheres, hão que, ditas “interesseiras”,
que só se interessam por enquanto,
quando ganham de graça:
- carro, teto, cama, comida, roupa lavada,
casa cuidada,
- praia, passeios, shopping, compras
e bens de consumo, viagens
e turismo,
- dama e cavalheiro, companhia e fino trato,
diversão arena e circo,
- exigem massagens em massagearem
seus próprios egos,
- não movem ou carregam uma palha sequer
além dos seus interesses
e na barganha e troca “de graça dão”
ao pobre do infeliz e iludido
“o mais sagrado e sublime
que têm por entre as pernas”,
entretanto não concedem carinhos, afetos
e amor verdadeiros
ao crédulo do infeliz e enganado!!!
- Mulheres, hão que, ditas “necessitadas”
e premidas pela má sorte do destino
nas suas escolhas equivocadas,
buscam acintosamente um parceiro
por companhia masculina,
para lhes acudir nas necessidades
de moradia, subsistências e despesas
do quotidiano e há de crer,
que muitas delas creem firmemente
na convicção de seus corações,
que o amor virá com o tempo.
- Pode ser, pode não ser, mas o certo mesmo,
que muitas das vezes ambos, homem e mulher,
se darão conta e descobrirão com o tempo,
adversos e avessos às suas próprias sinas
em amarem e serem amados.
- Se conformam ou se separam!!!
- Mulheres, hão que, ditas “ambiciosas”,
que só dão valor e importância:
- ao reluzente como ouro
e ao cheiro e estalar de notas novas
do dinheiro, endinheirado nos bolsos,
gavetas, cofres e bancos,
- em ações, investimentos, aplicações
na bolsa, joias e luxo,
- e estas se dão a quem pagar mais,
neste leilão de adquirir ou dispor
no mercado consumidor itinerante da vida,
na compra e venda do sexo
e alma feminina, bela e disponível
a pesos e custeios das moedas de ouro.
- No enquanto durar a fortuna,
dura a fartura do sexo.
- Mulheres, hão que, ditas
“ardilosas”,
conquanto nas mesmas artimanhas
e faceirices na arte de enganar,
muitas destas almas femininas
entre tantas
não se escusam e não se inibem
com seus próprios princípios,
nas escolhas de seus pares e sexo masculino,
lhes enxergando e valorizando tão apenas:
- a beleza e masculinidade de machos na cama
ou o deslumbramento pelo rol da fama
do charme masculino.
- Derretem-se e enrabicham-se feito cabras cegas
e entregues aos prazeres sexuais de ambos,
o belo ou o famoso e a desfrutável,
em se gastarem tudo até a última gota
do suor e satisfação da libido,
no enquanto perdurar a fama ou a beleza.
- Felizmente e aventurada contrafação dos fatos
na razão e disposições da humanidade,
“mulheres, as delicias dos homens”, hão que,
“outras tantas e enumeráveis mulheres”
centradas em viverem a vida
de forma digna e irrepreensível,
na polarização, resguardo e respeito
dos seus corpos
e inatingíveis na honra e altivez dos seus espíritos,
caráter e livre determinação.
Que no recinto sagrado da intimidade exclusiva
entre quatro paredes se deliciam
e se dão tudo, corpo e alma,
em amarem e serem amadas
por seus parceiros masculinos,
nas convicções serenas e perenes
de seus pactos de fidelidade e amor!!!
E entre estas, estás Tu, que tanto busco???