"Somos os Mestres e as Mestras das Minas Gerais .
Somos uma corrente de Pensadores Independentes e Livres , mobilizados por uma Causa Comum .
Queremos a concretização , de fato e de direito , para uma Educação Pública Libertadora e Igualitária , de Qualidade e para Todos .
Queremos o '' Labore Nostru '' de cada dia , árduo , persistente e imprescindível de Operários do Saber , devidamente , Reconhecido e Valorizado .
Hoje , legitimado por Direito e por Justiça."

domingo, 27 de outubro de 2013

NUMA TARDE DE DOMINGO. CANTO , SÓ , MEU ... PRO MEU SOSSEGO ... ONDE SOU ... SÓ ... EU MESMO ... 43ª SEÇÃO .

DIVINACIDADE , 27 DE OUTUBRO DE 2013.


DOMINGO .

CANTO ,  , MEU ... PRO MEU  SOSSÊGO...
ONDE SOU ...  , EU MESMO ....

43ª SEÇÃO

NUMA TARDE DE DOMINGO .

Só e vendo o tempo passando ,
vendo as netas se divertindo
nas brincadeiras pueris próprias da idade ,
vendo o entardecer do dia
se fazendo noite ,
vendo o resto e brilho do sol clareando nuvens ,
no afim de se por no horizonte .

Só e escutando o gorjeio das juritis
arrulhado namoros e acasalando-se nos oitizeiros ,
escutando outras crianças , meninos e meninas
divertindo-se de “pic-esconde” nas ruas ,
escutando sons e festas de vizinhos
aproveitando as horas folgadas da tarde
nos desfrutes em gozar nas boas companhias
alegrias da vida ,
escutando roncos de motores
de carros , ônibus e motos trafegando nas vias
céleres ou devagar , para os encontros ou desencontros
nos relacionamentos ocasionais ou intencionais .

Só e vendo e escutando tudo isto
e só sentindo-se reflexivo na minha cadeira
costumeira da minha solidão ,
é que estou a escrever esses enredos e rabiscos ,
para não me impactar nas amarguras
de me ver só relegado ao esquecimento .

Fecho os olhos e sinto a brisa morna
benfazeja do entardecer beijando-me as faces
e fico só imaginando que bem poderiam
ser os carinhos desta mulher por mim
amada e desejada ,
me prodigalizando afetos e ternuras
dos seus abraços e por palavras ditas
bem pertinho só para eu escutar ,
mordiscando sussurros aos meus ouvidos .

E aos pouco , só na imaginação
a minha solidão vai se esvaindo
e sou capaz de ver aquele rosto ,
que teima em morar no meu coração ,
mesmo não sabendo se o meu rosto
teima em morar no coração dela .

E aos poucos , só na imaginação
a minha solidão vai se esvaindo
e sou capaz de sentir o tato e calor das suas mãos ,
que um dia seguraram firmes e apertaram tanto
as minhas ,
na sofreguidão em querer me dizer
ânsias e desejos que ela não me confessou .

E aos poucos , só na imaginação
a minha solidão vai se esvaindo
e sou capaz de sentir o chamego daquele afago
e abraço dado na nossa despedida ,
que só ficou por isso mesmo marcado
o cheiro dela ,
entranhando-me a alma e o coração .

Mas anoitece afinal
e as lembranças e os cheiros
e o calor e os afagos dela dados só nas imaginações ,
também se esvaem com o entardecer 
se fazendo noite .

E eu continuo por aqui esperançoso
por e-mail’s não correspondidos, explicativos
do sim ou do não definitivos , ou mesmo
palavras elucidativas audíveis ao telefone ,
mas nada disto acontece e eu me vejo na eminência
da espera de continuar , ainda , mais só .

E agora eu vou parar por aqui
em escrever estes rascunhos e palavras ,
 jogados só ao vento e ao léu
e quem sabe , outro dia , outra vez ,
lá na frente , bem à frente do meu destino ,
o Senhor do todos os destinos se compadeça
e mude a minha sorte .

E esta minha amada vai se encontrar , finalmente  comigo
e comprazer-se , imensamente , com a minha presença
e será capaz de entender , completamente ,
as intenções castiças dos meus escritos
e das muitas letras e tintas gastas do meu coração
em declarar-me sincero ,
só para ela .

Assinado : mestresdasgerais .
[ coração de tinta para a minha amada ! . . .
e só toninho feito de papel . . . ]



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