Tristezas!
Queria que me largassem...
Mas, elas não me largam.
Enrabicharam-se feito bichos
atrás de mim.
Que tristezas invadem minha alma
e meu coração só de pensar...
Que a busca pelo amor de uma mulher
me esfriou na vontade e no desejo
de ainda encontrá-la,
que fico me perguntando se um dia
já tive esse amor concebido
assim diferente
na intenção e pra valer
vindo do coração de uma mulher,
ou, se essa mulher de fato nunca existiu,
que hoje já perdi as esperanças
de um dia, ainda, encontrá-la por aí...
Que tristezas invadem minha alma
e meu coração só de pensar...
É quando me apercebo solitário,
sem destino ou paradeiro certo,
sem teto, nem sombra,
lugar onde morar,
descansar e repousar
meus ossos, meus pensamentos,
sem companhia e amor feminino,
amiga de fé
com quem possa conversar
e desabafar mágoas e desilusões,
na compreensão e no afeto
em quem possa confiar...
Que tristezas invadem minha alma
e meu coração só de pensar...
Que agora, pouco me importa
ou, não me importa mais nada,
que já estou me acostumando
a conviver com o vazio deixado
e nunca preenchido
por esse amor concebido
assim diferente
na intenção e pra valer
vindo do coração de uma mulher...
Que tristezas invadem minha alma
e meu coração só de pensar...
Que agora, sou só eu e eu mesmo
com essas minhas
pertinazes companheiras,
tristezas...
Vou levando meus dias,
passados lentos devagar
um dia de cada vez,
que nem me acho mais,
nem revoltado, nem conformado
e muito menos, nem esperançoso...
Apenas sereno,
aguardando o inevitável,
que acontece, tem acontecido
e vai acontecer a todos, um dia:
- “Jornada rumo ao desconhecido!”
Que a paz esteja convosco!
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