Para aquela, que há de vir! 4ª Carta.
Gentil Mulher!!!
- A pior das soberbas,
que pode acometer às pessoas,
é o instinto do ódio e do rancor.
Se verem cegas pela raiva
ao aperceberem-se
frustradas nas suas intenções
por não terem conseguido algo,
atenção, posses de bens
ou pessoas.
Se verem consumidas
como tições lançados às chamas
e se verem extinguidas de fato
remexidas e revolvidas
às últimas consequências
levadas às cinzas
e levantadas poeiras atiradas
aos ventos do esquecimento.
Na vã ilusão de ferirem,
infringirem dor ou sofrimento
em revide à ingratidão e indiferença
de pessoas alheadas e omissas,
sossegadas em viverem suas rotinas
e quotidiano das suas existências.
Bem diria e se aplica com exatidão
o enigma decifrado do ditado
“praga de urubu magro
não mata boi gordo”!!!
Que Aquele que Tudo Vê,
sonda aos corações dos homens,
designe-se em demorar
Suas Vistas sobre mim,
desaperrear as mágoas
e extirpar a sina da cólera
que assanha e mata o resto
que sobrou da esperança,
para eu não me ver
“o urubu magro da estória”.
- “Aquela que lê, entenda!!!”
Gentil Mulher!!!
Não dês importâncias
a estas palavras escritas sem intenção,
ou escritas na intenção da ambiguidade,
das letras soletradas duras,
mandando recados aos quatros ventos,
que a intenção não é de ferir ninguém
e este?
Não sou eu!!!
Me pesa o coração não nego!!!
Mas sobremodos vou indo e vindo ainda,
acariciado e curtido pela luz do sol ainda,
desfrutando da brisa ou sopro
dos ventos ainda,
levado por itinerários ou acasos
dos meus pés ainda
e sobremaneira mais ainda
no aguardo e reparo dos teus olhos,
em me veres e me enxergares
uma imagem desapercebida à maioria,
atrás da vidraça!!!
- Que Tu, luz dos meus olhos,
alento e descanso para minh’alma,
não te demores em teres
reparo em mim...
Na próxima carta Te escrevo mais...
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