"Somos os Mestres e as Mestras das Minas Gerais .
Somos uma corrente de Pensadores Independentes e Livres , mobilizados por uma Causa Comum .
Queremos a concretização , de fato e de direito , para uma Educação Pública Libertadora e Igualitária , de Qualidade e para Todos .
Queremos o '' Labore Nostru '' de cada dia , árduo , persistente e imprescindível de Operários do Saber , devidamente , Reconhecido e Valorizado .
Hoje , legitimado por Direito e por Justiça."

domingo, 11 de novembro de 2012

ENCONTRO ESTADUAL DE APOSENTADOS E APOSENTADAS. PELO SIND-UTE/ MG EM POÇOS DE CALDAS. 2ª PARTE.














POÇOS DE CAUDAS, 04 DE NOVEMBRO DE 2012.
ENCONTRO ESTADUAL DE APOSENTADOS E APOSENTADAS. PELO SIND-UTE/MG.  2ª PARTE.


Reis e Rainhas do Pedaço.


Domingo. 
Nove horas da manhã. 
E lá estavam eles e elas, aposentados.

A postos e prontos para ouvir novas falas e relembrar fatos e ocorridos de bem tempo atrás. 
Ainda vivos nas reminiscências do passado de muitos dos presentes.

Pois que, a maioria deles poucos e delas muito mais, pessoas ouvintes, 
já transpuseram as barreiras natalícias de mais de meio século de existência.
Pra lá dos cinquenta!... 
Bem pra lá de outros “entas’’ mais
Que não é bom nem contar mais!...

Primeiros instantes
Falou nosso amigo guatemalteco Combertty. 
Abordou o tema das evoluções políticas e históricas de lutas sindicais na América Latina.
As repetitivas e sempre presentes 
confrontações do trabalho operário, do serviço e do emprego 
versus o capital patronal , do mando e do poder.

Em constantes e sempre renovadas quedas de braços. 
Com novas estratégias e elaboradas   perspectivas de espoliação e exploração do trabalho, 
travestidas em novas termologias pelo capital.

Mas, em constantes transições
e se adaptando às necessidades e aos interesses e aos valores 
dos detentores do poder político e financeiro

Sempre transformando-se e amoldando-se 
aos novos tempos nas refinadas políticas públicas trabalhistas
benéficas e unilaterais, somente, aos empoleirados do poder e do dinheiro.

Acostumados a espoliarem com eficiência e decência, 
conforme os ditames das suas próprias consciências e conveniências 
o suor nosso , alheio de todos os dias, 
que lhes engordamos o cofre e o patrimônio.

Instantes seguintes
segunda etapa da palestra conjunta, veio a fala da Fátima.
Alento aos nossos ouvidos!...

Que nos desculpe 
nosso Camarada, Irmão de Fé guatemalteco pela franqueza.

Ela traduziu 
as explanações e as abordagens contextuais 
do tema proposto pelo nosso ilustre convidado 
e discorreu clara, concisa e explicitada no nosso vernáculo.

Agora, sim! 
Cremos nós! Fala audível e inteligível à uma plateia receptiva e expectante.

Verdade seja dita! 
Fomos finíssimos e educadíssimos com nosso convidado!

Quando perguntados se entendíamos portunhol, 
nem titubeamos nem nada em responder:

_ “ Óh, si... si ... Muichas gratias!... Mandras vez!... Muichato!..”  
Ora..ora!... Portunhol Mineiro! Uai,... Sô!...
_  Nada tão mentiroso!...

Mas que a maioria das nossas coleguinhas e dos poucos coleguinhas 
ficaram  só boiando, com a fala do Combertty... 
Isso lá! Ficaram!... 
Nós também, muitas vezes!

E lá falou a Fátima, 
com autoridade e no alto da sua capacidade e experimento de vida sindical.

Clareou-nos 
e nos fez um retrospecto da fala do nosso amigo “ gringo ”, 
que ainda nos diz:
_ Mineiro é que fala ligeiro!... Sô!...

Mas mesmo assim foi proveitosa a manhã.

Gostamos! 
É muito bom, sabermos em que terreno estamos pisando nos novos tempos turbulentos de hoje
Estarmos sempre aprendendo.

Para vocês dois,

_ Combertty Rodríguez
_ Fátima Aparecida Silva

Nossas congratulações e nossas saudades.


Assinado: mestresdasgerais. [ amigo? ]



_  Boas tardi ! ... 

Cumpadis i Cumadis ! ...

Êta, Sô ! ... 

Caboclu tiradu di sê ingraçadu ! ... 
Ô si artiçandu nas manha di sê ! ...

Mas qui num pareci ... pareci nãu ! ... 
Meus Cumpadis i minhas Cumadis, 
aí di Porçus di Cardas ! ...

Esse tar di falá 
imbuladu i di carrerinha . 
Trupicandu na própia língua !

Tiradu di prusiá arrastadu , 
imitandu feitu caipira ! 
Foi uma orfensa gerar pra caipirada tudu ! ... 
_ di barxo... i di cima... du meiu... das banda... i arriba ! ...

Ôh , ... Sô ! 

Foi um arrasu totar nas zureia ! 
Issu lá foi ! ... 
Uma orfensa sem nomi à honra da matutada tudu ...  aí da terra ! ... 
Qui foi ? ... Foi ! ...
_  Uai ! ...

Pra cumeçá ! ... 
A indumentára du ditu .

A primêra côsa qui reparemu , Sô ! ...

U ditu cuju tinha di vi: 
Di butina gumera ... 
Chapér di páia ... 
Carças i camisa remendada ...
Imbornar nas carcunda ... 
I na cintura ...  sinar di marcheza i firmeza, 
di caipira mineiru qui si preza ! ...
_  Faca peixeira na cintura ... Uai ! ...

Di modis 
qui vêiu tudu nus contráriu ... 
U homi tarva tudu paramentu, feitu caipira 
meidi im paraguar ... 
Té di batibú di mergainha ele tarva ! ...
Num podi nãu ... 
Cumpradis i Comadis ! ...

Tamus achandu ...
qui era pra modis di facilitá 
as galupeira nu assuaiu . 
Qui ele insaiô i levô arvante a muirtas ... 
na tuada das suas canturia i modinha...

_ Bãu ! ...
I as piada?...

Tarva té parecendu ...
qui nossu predispostu animadô , 
prestidigitadô destas barnda , 
tarva meio incafufadu ... 
Irrabichadu das vergoinha mêmu  ... 
di falar pra tantas sinhurinha di respeitu...Sô!...

" Contar ou num contar: 
eis a questão ! ... '' 

" E ele se estrambelhou todo , 
em meio à prática verbatória 
das suas indecências lingüísticas e piadistas , 
tais e coisas peludas ! ... "

" Só pra contrariar e incomodar , 
entre tantas as mais assanhadas e cabeludas , 
vamos registrar duas : "

_  " Era uma vez ! ... ''
Um tar di caipira arssanhadu , 
cheiu dus deseju , 
tiradu di sê sabidu , 
qui saiu pra cumprá
um tar di cumpissionár
i arcaba 
levandu sunrisár ...

A muié mais disinformada, inda, 
sem sabê u qui fazê ! ... 
Pensô ... Pensô ...
I arcaba ...
infiando lá ! ...

Qui isquentô ? ...  isquentô ! ...

I a muié isparramada na cama ...
se arrigainha tudu ...
com a vargina  arssanhada ... 
chiandu i ivaporandu tudu ...
_ pela arçã du sunrisár...

Têve recursu nãu ... Sõ ! ...

Manda lirgeiru ! ... Pru maridu já acêsu ...
i mais arssanhadu inda :
_  Ôh ! ... Bêm ! ... 
 Vem quenti ... qui eu tô fervendu ...

_" Dependura essa despudorada , na conta do FAFI ,  
     
Sô ! ... " 

I óia qui nem roceiru 
qui ele num era roceiru qui nada ! ... 

Inda tinha , 
u desplanti di si 
ingaiofá nas suas própia gargaiada ... 
Inda nem bem , 
tinha di arcabadu di cuntá u inredu i a istória ... Sô ! ...

E , pur cima , riplicava : 
_  “ quem intendeu barte parma ” ...

_  A úrtima ... intãu?...

Foi di ripiá i deitá a cabelêra da muiérada ... Sô ! ...

Dois irmãu ! ... 
Matutu matreiru ...
Macumunadu i mar intencionadu ...

Tarvêz ! ... 
Sem us cobri nus borsu 
qui u pai sunegô ! ...

Di modis a pudê ... 
di liviá a tensâu i a tesãu ! ...  
I disafogá a instrumentaia 
das suas marcheza ! ...
Nus intretantu das ralaçãu  
dus agurru i acunchegu ...
dus apertu femurar ! ...

Partindu prus finarmenti ...
dus arrochu ... tar i côsa ! ...
Nus istrangulatóru 
i nas galupeira disinfreada  
dus amassu côxoar ! ...
Cum u disafôgu finar ...
du pobri du necissitadu i agazaidu
nas intimidadi varginar ! ...

Lá ! ... 
Cum aquelas ... carinhosa da prufissão ! ... Sô ! ...

Mais num deu nãu ! ...
Us dois fircô nas mãu ! ...
Eles tarva nus matu sem cachorru ... 
i sem us dinheiru pricisadu ...
_  pra puder pagar as prestimoza , 
damas da prufissão!...

Intãu subrou ! ... 
Pra  pobri da dunzela , 
equina du pai ! ... UAI!

Qui subrou ? ... Subrou ! ...

_  Mas ! ...
Té gora num sabemu
u finar ...
du drama sexuar 
nus disbarrancadu ... Sô ! ...

_  Afinar ? ... 
Us istrupícu istupraram 
ô num istupraram 
a desditosa ? ... 
Ô quem sabi ... prestimoza ? ...   
_ Dunzela equina du pai ? ...

Héim ? ...

_  Cumpadi  FAFI ? ...

Tamus isperandu 
pelu desfêchu da istória
u finar ! ...

_  Êta mundãu di Deus  ! ... 

Tar tudu nus zavêssu i nus discalabru totar ... Sô ! ... 

Vai intendê ! ...

Nóis tamus achandu ... 
qui pra um públicu mais light 
di matutada i piãozada tudu .

Cum nossas vênia i respeitu pela catiguria ! 
Qui num tamus aí querendu burli cum us briu dus zoutru nãu ... 

Tamus só achandu qui nossu cumpadi , 
cuntadô di causu... i cantô... i animadô... 
devi di arcansá ... um SUCESSÃU ! ...

Té qui ele si esforçô pra animá a platéia , UAI ! ...

Mas ... meninu ? ... 

Querê sacudi i chaquaiá cum as pessoas , 
dispois dum lautu i fartu armoçu ! ...

É u  mêmu qui querê aferruá
 i alui cum u boi ...
amuadu i artoladu nu breju . 
U pobri só di sai ... só arrastadu pur trator ! ...

" Ele bem que tentou ! ... 
A platéia, até, colaborou ! "

" Cantou ... proseou ... saltitou ! ... 
_ Num exercício frenético de mãos e pés , 
em tudo quanto era lugar! ... 
_ Ainda bem , 
que ele não se atreveu a botar mãos lá ! ... "

" Vamos terminar assim :

_  Companheiro FAFI , artista da terra ! ''

Nossas discurpa pelus nossu , 
também , arremedu di proza caipira ,
arremendandu ocê .
I pela jurdiaçãu nu cunsiderá ocê , 
nu seu prusiadu i artuaçãu ... Sô ! ...

Ocê tarva numa tardi infeliz ! ... 
I a muiérada ... 
é qui num sobi ti priciá direitu 
i di jeitu , tar i côsa ! ...

Pru ocê hoji , cumpadi :

_ Burzina du véio guerrêro ! ... 
Chacrinha ... Sô ! ...

"  MESMO ASSIM , COMPANHEIRO !
NOSSOS RESPEITOS PELO QUE VOCÊ É ! ... ''

Assinado : mestresdasgerais . [ amigo? ]
mestresdasgerais@gmail.com

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