DIVINACIDADE , 18 DE DEZEMBRO
DE 2012 .
CANTO , SÓ , MEU ... PRO MEU SOSSÊGO
...
ONDE SOU ... SÓ , EU MESMO .... 5ª SEÇÃO .
EU SOU APENAS , UM HOMEM QUALQUER .
_ Eu sou apenas, um homem
qualquer ! ...
_ Igual a todos
que
perambulam a esmo ou nas certezas ,
pelas ruas , nas calçadas e por cidades .
_ Bem parecido com todos ,
que
viajam por necessidades ou distrações ,
por caminhos , no asfalto e pelas estradas .
_ Nada diferente de todos ,
que
aventuram-se planejados ou afoitos ,
por terras , nos descampados e em desertos .
_ Bem semelhante a todos ,
que
singram nas mesmas coragens ou temeridades ,
os mares , os oceanos e o gelo .
_ Como todos se parecem iguais ,
que
embrenham-se nas mesmas lucidez
ou
loucuras parecidas e iguais ,
pelas florestas , por serrados e nos pantanais .
_ Outra vez nada diferente e igual a todos ,
que
radicalizam nas atitudes extremas ,
das alturas , das profundezas e das estrelas .
_ E estas listas de igualdades e semelhanças
tornam-se
intermináveis
,
parecidas
inesgotáveis , mas contrapondo-se
serem
renováveis , indefinidamente ...
_ Como os homens removam-se e brotam , sucessivamente ,
sobre
o solo e mãe terra ...
Nas
suas ações e atitudes inimagináveis e inconcebíveis ,
daquilo
que são capazes de engendrar e conceber ,
no
realizar e no desfazer ,
para
realizar e desfazer outra vez ,
os
seres humanos que renovam-se ,
como
renovam-se as noites e os dias .
_ Por esses motivos sou só mais um qualquer ,
totalmente , igual e parecido
aos que andam por aí .
Semelhantemente , igual aos meus
iguais em quase tudo .
_ Tenho as mesmas tristezas e decepções ,
tais
quais as tem todos , sem exceções .
_ Bem como as mesmas alegrias e satisfações ,
tais
quais as tem todos , sem novidades .
_ Nas dores e nas amarguras somos parecidos ,
que
todos sofremos iguais .
Desde
um simples resfriado ou dor de cabeça ou dor de barriga ,
tanto
quanto o sofrimento de doenças terminais .
AIDS ou câncer que não marcam
entrevistas ,
mas
levam sem complacências , dó ou piedade .
_ No sucesso ou no poder que é a meta muito cobiçada e requerida ,
para
muitos poderá ser benfazeja e maior .
Quando
acontece pode não ser do mesmo tamanho ,
mas
é só reparar bem para se vê ,
que
o tecido e os panos da confecção são iguais para todos ,
nas mesmas tinturas passageiras
e nas mesmas linhas das vaidades .
Da
mesma forma que acontece iguais para todos ,
pode
acontecer em acabar , repentinamente ,
nas
formas parecidas a sortudos ou desafortunados , indistintamente ,
que
acabam tendo as mesmas atitude nas ilusões ou realizações .
_ Outro bem ou mal , depende do ponto de vista de cada um ,
que
acompanha a vida fugaz , parecida e igual dos mortais ,
dando-lhes
alentos ou desânimos de viverem ,
alegrando
ou atazanando lhes a existência
dos
dias monótonos iguais , um dia vivido de cada vez
e
garantindo-lhes a perpetuação da espécie ,
é o amor e sexo .
Os
dois combinados juntos ,
quando
batem às portas do homem e da mulher batem parecidos .
Pois
, que um é a chave para desaferrolhar
e
a outra a fechadura da porta a ser aberta
e
ambos carregam na mesma posição e lugar
os
instrumentos sexuais do prazer ou da dor .
Fáceis
de serem encaixados um no outro ,
conforme
dita a mãe natureza ,
no
meio das pernas do homem e da mulher .
Amor
e sexo sempre têm pressa e urgência
para
realizar-se e consumar-se ,
que
rápido o realizar e o consumar ,
também
, acaba depressa igual para todos .
_ Outro bem ou mal necessário , também ,
conformes
a ótica de cada um ,
é
o dinheiro , que dinheiro , então , não se fala ! ...
Dizem
que é mola do mundo ,
é
a chave mestra que abre todas as portas ,
é
a maldição nos infortúnios ou as bênçãos nas felicidades ,
é
o tesouro escondido dos gananciosos e avarentos ,
que
dizem muitas coisas da “verdinha” , dizem ! ...
Mas
a realidade é uma só e igual para todos ,
porque
o dinheiro é o único “ser inanimado” que não dorme .
Por
isso mesmo vive tirando o sono dos seus donos ,
pelas
aplicações equivocadas ou acertadas na Bolsa ,
que
os próprios aplicadores podem acordar
mais
ricos ou mais pobres ou sem nada ...
Dependendo
da demanda ou das crises mundiais .
Ou
que larápios , agiotas ou escroques
podem
lhes tomar o ganho acumulado ,
na
lábia ou na esperteza ,
o
dinheiro que sempre muda de dono e nunca dorme .
Nas
mesmas maneiras do infortúnio ou da felicidade ou da ganância
parecidas iguais a todos os avarentos e gananciosos ,
aplicadores
ou poupadores da Caixa ou da Bolsa .
_ Trabalho de mais , trabalho de menos , tanto faz ...
O
que sobra para o homem nos fins dos seus dias é nada ! ...
Que
nada , ninguém tem levado , levou
ou
vai levar para o outro mundo ,
para
o esquecimento , para o vazio , para o nada ...
Tal
lugar , se existe , ninguém nunca sobe e nem viu
ou
de lá nunca voltou , um dia , para contar
para
os vivos a estória verdadeira ...
Das
mesmas formas e maneiras
que
todos se vão , já foram , ou irão um dia , vão do mesmo jeitinho :
com
os pés juntos para a cidade dos pés juntos ! ...
_ Esta é a única mesma certeza igual para todos
que
temos nesta fugaz e efêmera existência ! ...
_ E este ciclo de nascimentos , vidas e mortes
tem
se repetido , desde , que o mundo é mundo .
Tão
certo e verdadeiro , como certos e verdadeiros
são
os mesmos percursos no céu ,
que
o sol , nas mesmas maneiras
parecidas
e iguais a milhões de anos ,
faz
rodeando a terra e iluminando o dia .
A
lua , por sua vez , vez por outra ,
dependendo
da fase do mês ,
repetidamente
, nas mesmas formas e maneiras ,
também
desde milhões de anos atrás ,
clareia
a noite .
Finalmente ...
_ Também esta lista interminável de ações e realizações do homem,
ou fenômenos simples determinantes , mas , ainda ,
mistérios
para
a vida e luz deste planeta ,
acabam sendo indecifráveis , pura ilusões sem sentido
e poeira levantada ao vento ...
Que todos nós somos
da mesma matriz e DNA , única e insofismável .
Todos
os iguais que há em cima da terra :
plantas
, animais e homens
ou
seja , dos propalados reinos animal e vegetal .
_ Que
reinos que nada ,
que
todos temos a mesma sorte e destino .
Viemos
do pó da terra , que um dia ,
com
certeza , a única certeza que temos ,
retornaremos
rumo ao pó da terra ...
Fico , ainda , mais pasmo
depois de me ver neste mar de coletividade
e
marasmo da massa humana ,
pessoas, que
vem e vão
e
tornam a virem e irem no tempo ...
Ser
tudo igual , todos iguais ,
para
os mesmos fins e para os mesmos propósitos ...
_ Para o meu assombro depois ,
de persistente reflexão verifiquei ,
tive de refazer as considerações e mudar ...
Cheguei às seguintes conclusões ! ...
_
No âmago do nosso ser ,
na individualidade de cada alma por alma ,
que respiram o mesmo fôlego de vida ...
Doado nas suas complacências ... inteligência ... e amor ...
pelo Criador ,
não somos todos iguais ...
_ Nossa matriz poderá ser a mesma ,
como as mesmas são as intenções
ou as circunstâncias da genética ,
no viver ou no fazer ou no acontecer ...
As mesmas heranças havidas ou por haver ,
nas mesmas ambições , nos mesmos sucessos e poder ou não ,
nas mesmas tristezas ou alegrias , nas dores ou saúde ,
nas mesmas sorte no amor ou sorte no ganho ...
Nas atitudes e ações , para os mesmos fins ou propósitos ,
somos todos parecidos iguais ...
Mas cada um de nós ,
cada ser racional ou irracional ,
planta ou animal , mas
almas viventes ,
ou , melhor , por cada fio de cabelo ,
por cada flor ou por folha que caem ,
por cada vida que se esvai ,
na contra partida por cada ser que nasce ,
nos fazem inigualáveis , distintos
e somos códigos únicos do genoma ,
decifráveis , apenas , na mente e nas intenções do Criador ,
o Planejador Inteligente do Universo ! ...
_ E me dei conta e assentei no meu coração ,
bradei pela minha
independência ...
Não sou um homem qualquer ! ...
_ Sou um ser , suficientemente só , diferente pensante ,
imaginativo e
apaixonado
por vida e pessoas ...
_ Enquanto eu viver ,
eu tiver a ventura e o
prazer dos meus olhos
verem a luz do sol ,
ter a alegria de sentir
nas faces a brisa fresca da manhã ,
puder aspirar com
satisfação as flores do campo ,
ter o imenso
contentamento de conhecer chão e gentes
e , quem sabe , poder amar outra vez , despudoradamente
,
e imensamente apaixonado , a minha amada imortal
...
_ Sou o único e o verdadeiro ,
consciente animal
racional da espécie ,
que me levanto e vejo
e digo :
_ “Tenho muitas coisas , ainda , por fazer ! ...”
_ “Quem sabe , na companhia da minha amada imortal ,
eu e ela , o final e o começo
da minha e dela história sem fim ...”
_ “Agora, não sou mais, um homem qualquer ! ...”
_ "Não estou mais só ! ..."
_ "Não estou mais só ! ..."
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