DIVINACIDADE , 25 DE DEZEMBRO DE 2013 .
CANTO , SÓ , MEU ... PRO MEU SOSSÊGO ...
ONDE SOU ... SÓ , EU MESMO .... 7ª SEÇÃO .
“Uma Estória Sem Fim” – 4ª
Parte .
“Carta à Minha Amada Imortal” – 2ª
Carta .
Caríssimos Leitores ! ...
“Num ardianta narda tentar inganá ocêis” , não é mesmo ?
...
“Ocêis num são bobos qui narda” ...
“Ocêis” , já , conhecem o Dito , conhecem
parte das estórias da vida dele e a “desdita total” , em que se tornou a vida
do pobre .
Como ele não falou nem sim e nem não , vamos deixar as
coisas claras pra todo mundo .
Para os “maiores intendidos e
resorvidos” ! ...
E estarmos justos e acertados e fiquarmos , então , assim :
_ A estória do Dito é “aquela”
mesma de nome de “Estória
sem Fim” .
Que “comecemos” no 1º Capítulo de Vidas
Paralelas , naquele “espaço
virtual” de “Sonhos e Fatos” e agora trouxemos para este , outro “espaço virtual” , “Canto
só meu ... 2ª Seção” , “Canto só meu ... 3ª Seção” e
estamos continuando a estória , que “enjambrou” e tomou fôlego e gosto, SÔ ! ...
Que ele mesmo nos proibiu , primeiro , de contar nada “prucêis”, que a
estória dele nem tinha começado e acabava ali mesmo , naquele 1º
Capítulo.
“Dispois” ,
o “home”que é da pá virada , mudou de opinião !
Diz , agora , que podemos contar um “tiquinho
de cada vez” , mas dentro dos respeitos e sem
dizer os nomes das pessoas envolvidas na estória .
Fizemos um pacto de jeito e maneira de não dizer os nomes
de ninguém nesta “Estória Sem Fim”.
Nem a poder de reza “braba” e nem a poder de qualquer outra coisa "neste mundo", que venha desonrar e desacreditar a "minha palavra dada" ... Que o prometido quando dado , é prometido cumprido ! ...
Como é do nosso feitio , temos muito gosto “sim senhor” , por qualquer dedinho de prosa ,
principalmente , por estórias de amores mal resolvidos .
Se forem dos amigos ... melhor ainda ! ...
“Nóis aproveitemos a orcasiãu” para desandar a falar , curto e certo , na língua afiada de sempre.
E contar tudo , quanto é de pecado mortal na vida dos distintos , com o perdão da má palavra , UAI ! ...
E contar tudo , quanto é de pecado mortal na vida dos distintos , com o perdão da má palavra , UAI ! ...
E “óia procê vê” ... “cumé qui é” ... que são as coisas , SÔ ! ...
Outro dia , cedo , esse mesmo , o Dito apareceu , outra vez , com aquela
mesma conversa de carta de amor , para o amor da vida dele . “Ele tá
achando SÔ ! ...”
Bateu cedinho na minha moradia .
Foi logo entrando e “sortando” o pedido .
_ Compadre , “to”
precisando “docê” , outra vez ! ...
_ Que foi , Compadre ? ... É pra fazer nova cartinha , SÔ ? ...
Tome tento e juízo , “home” ! ...
“Tamus” achando que “ocê” “tá” brincando com fogo ...
_ Mas Compadre !
... Tem jeito não ... Virou uma consumação ...
Penso nela , noite e dia , dia
e noite ... “Ocê” quer saber ? ... Eu dei , até , para conversar com ela ... Em
pensamentos , SÔ ! ...
Prosear sozinho , feito besta ,
isso eu não faço não ... Os outros vão pensar que eu endoidei de vez...
Já basta esse trem doido desse
amor não entendido e nem apercebido pela minha amada , me levando de roldão e de
vez , Sô ! ...
Agora , “ocê” bem que podia de
me fazer esta cartinha , não é mesmo ? ...
_ Ôh ... Compadre ! ... Conhece o ditado ? ... Pois sim !
...
“Sua palma , sua alma ? ...”
“Dispois” não me diga que eu te avisei ... Como amigo de fé
, tenho de te abrir os olhos , Compadre ! ...
“Ocê tá” bulindo com os corações de muita gente ... Já ,
parou para pensar nisso tudo , “Heim”?...
Ôh ... SÕ ! ... Dá uma paradinha nas ideias e
perceba as complicações , que isso pode te levar e pode te dar e às outras
pessoas , também , envolvidas nesta sua estória , Compadre !
...
_ Tem jeito não , Compadre
... Ninguém manda no coração de ninguém em questões de amor ... Com
muita tristeza , do fundo da minha alma , te afirmo isso... Se não tem remédio
, remediado fica e vai ficando pros escanteios , esse meu coração empedernido e
empertigado de amor pela minha amada...
“Ocê” não sabe destas coisas
não ? ... Tão simples e tão difíceis de serem resolvidas , mas que dão sentido à
vida ? ...
“Ocê” que é um sujeito que si
diz sabido e vivido de muitas coisas e das muitas experiências ...
“Ocê” que vive dizendo nas suas
sabedorias : “burro velho quando zurra , os burros novos murcha as orelhas” ... Me diga
agora ... o que eu faço ? ...
_ É ... Comadre !
... Vá lá ... “OCÊ” ganhou mais essa ! ...
Vou apontar o lápis e escrever outra
carta de amor para a sua amada ...
“Procê” , viu? ...
“Ocê” é “causo
perdido ou perdido de amor” , sei lá ! ... Tem conserto
não!...
Vamos ver , onde vai dar ou
parar tudo isso ...
_ E “nóis escuitamos “ ,
atentamente , mais uma vez os desabafos do Dito .
Tintim por tintim , tudo
que ele queria , escrevemos ! ...
Carta à Minha Amada Imortal !
2ª Carta .
_ Eis me aqui ,
novamente , nas redundâncias dos teus olhos ,
que os meus olhos só fazem buscar por ti ,
desde o dia que te vi ...
Se me recordo bem , uma manhã
em que te vi pela última vez
e fazem muitos dias atrás ...
Marcaram minha alma suas derradeiras lembranças ,
de te ver pensativa e triste com os olhos absortos ,
perdidos no vazio sem ver , mas eu vi ...
Doeu-me , contrito e compulsivamente , dentro d’alma ,
ao ver-me na impotência de aproximar de ti ...
Olhar dentro dos teus olhares perdidos e dividir tuas tristezas
,
que só fizeram me deixar ainda mais consternado ...
Se , já , tivesses me conhecido ,
já terias , totalmente , em mim confiança ,
e poderia dar-te alentos , debelar-te de tua cisma ,
e dar-te ânimo para tua empreitada ,
a qual eu sei que abraçastes ,
é longa , cansativa e estafante ...
Tu que sinalizas destinos e pleiteias defesas ,
de indivíduos pessoas desvalidas , desenformadas
e , muitas vezes , ingratas ...
O peso que te oprime tanto , percebo e sinto tudo isto ,
pesando-te nos ombros e afligindo teus sentimentos ...
Se isto te valerem e acalentarem teu coração ,
lembras-te , mesmos distantes , mas perto de ti ,
meus olhos velam por ti ...
_ Lestes a primeira
carta ? ! .
Te demorastes e te enamorastes das letras
e nas intenções de todas as frases ? ...
Pensastes , devagarzinho , nos sentidos carinhosos ,
sinceros e verdadeiros , por detrás de cada palavra escrita ?
...
Que pudera eu , poder falar-te clara
e abertamente te olhando nos olhos ,
estas mesmas palavras , agora , proferidas pelos meus lábios ?
...
Ousadia da minha parte
, reconheço que é tamanha
pleitear em pretender
conquistar e ter teu consentimento ? ...
E desta forma inusitada de ti aproximar-me ,
conseguir tua atenção e consideração ,
Eu , um total e completo desconhecido de ti ? ...
Eu , inteiramente , alheio e fora do teu círculo de amizades
e do teu relacionamento social ? ...
Aquele estranho incômodo , Eu , certamente ,
insistente que perdeu o rumo e a porta de saída ? ...
Aquele que , ainda , insiste , Eu , sinceramente ,
em bater à porta do teu coração e não desistir ? ...
Depois de tantas
insistências ,
escritas de todas as
formas e maneiras ,
mas sinceras e
verdadeiras ,
terá Eu , persistente
, conseguido chamar-te a atenção , afinal ?...
Na minha intenção , genuína e singela ,
terá Eu alcançado e tocado tua alma ? ...
Aquela minha amada imortal terá lido no afeto e no interesse ,
meus escritos a ti endereçados ,
à minha bela e ao encanto da minha vida ? ...
Os motivos inimagináveis e possíveis te dei todos ,
na inteireza e na sinceridade do meu coração e da minha alma ?
...
Que um homem , completamente , apaixonado
pode se dar e se fazer presente e atuante tanto assim ,
aos olhos da sua amada ? ...
Compete , somente , a ti agora responderes :
_ Se aceita ...
_ Não aceita ...
O que não aceito é uma possível terceira alternativa ,
vou pensar ...
Prestes bem sentido a estas minhas palavras escritas :
_ Um homem e uma mulher se conhecem ,
assim no “estalo” , à primeira vista ,
só no olhar ...
E de pronto e no repente ,
amam-se , apaixonadamente , naquele amor incontido ,
insaciável , cá do fundo do peito ,
que chega a arder e a doer nos corações dos dois ...
Olha ! ...
Poderá de ser e será , muitas das vezes , deste amor repentino ,
verdadeiro durar a vida toda ,
pois , os dois têm o resto dos dias de suas vidas ,
para se conhecerem e se amarem tanto ,
loucamente , despudoradamente ,
na paixão , ainda , perene do primeiro amor ...
Enquanto viverem esta dádiva e ventura única
de amarem-se , ternamente ,
desesperadamente, um ao outro , estes momentos únicos
vão se repetindo e se renovando
por cada dia vivido , intensamente ,
em novos motivos de se amarem ainda mais ...
Compreendestes ? ... Óh ! ... Encanto da minha vida ? ...
_ Um outro homem e uma outra mulher se conhecem ,
num encontro casual ou intencional ,
entre amigos , no clube , na igreja , no trabalho ,
tudo normal , certinho , previsível ...
Trocam abraços , beijos , afetos e , até , sexo ...
Passam dias , meses e , até , anos conhecendo-se
e planejando o depois ,
que acaba ficando para depois ,
mas continuam a trocar abraços , beijos , afetos e , até , sexo ...
Quando , finalmente , consolidam suas juras de amor ,
na frente de todos e no papel ...
No altar com as bênçãos
do padre , pastor ou juiz e das famílias ,
começam a vida a dois ,
já começada e de bem tempo atrás ,
nas trocas dos abraços , beijos , afetos e , até , sexo ...
Vou te dizer uma argumento irrefutável e lógico ,
que acontece e pode de acontecer ...
Os dois , já , gastaram tudo ,
nas trocas dos abraços , beijos , afetos e , até , sexo ...
Que acabam de não terem mais nada ,
em que se conhecerem ou trocarem um com o outro ...
E cada um acaba virando pro seu lado na cama
e fora dela , também , viram dois estranhos ...
O final da estória não precisa dizer , não ...
Viu ? ... Luz dos meus olhos ? ...
Te dei duas paródias do imaginário e da ficção ,
que “meche e vira” acaba sendo fato
da vida real ...
Não é na intenção de apressar ou bulir
com teu coração
e , sim para ti , pensares na hora de fazeres a tua escolha ...
Não vou mais me alongar nesses proseados e te “amolar” mais ...
Vou finalizar desta
forma :
_ Vejo-me numa
comprida e imensa rodovia deserta .
Reta sem fim pra cá .
Reta sem fim pra lá .
Eu solitário ,
encontro-me no meio desta rodovia .
Olho à frente e não
vejo nada .
Olho para trás e não
vejo nada .
E continuo lá , no
meio da estrada , solitário .
Quando é fé , eis que
vejo
uma carreta de oito
eixos , enorme e carregada .
Ela vem célere , veloz
, com os faróis piscando e buzinando .
Vem se aproximando
rápido , a cento e vinte
quilômetros por hora e
passa , também , rápido
rumo em frente e
vai-se embora .
O que vai ficando é o
ronco do motor
e o som da buzina
acionada , ainda , me dando adeus ,
distanciando no ronco
do motor e no som da buzina ,
cada vez mais
distanciando-se
e ficando , cada vez
mais , longe
dos meus olhos e
distantes dos meus ouvidos ,
até , perder-se na
reta sem fim
e desaparecer no
horizonte e eu perder de vista
e não tornar-me mais
audível e visível
a silhueta , o ronco
do motor e o som da buzina ,
daquela carreta de
oito eixos , enorme e carregada .
_ A rodovia ,
reta sem fim pra cá ,
reta sem fim pra lá ,
representa minha
existência .
Eu me encontro , agora
, bem no meio dela ,
na expectativa do nada
.
Hoje vejo-me na contingência
de esperar e estar só .
A olhar para o
distante vazio pra cá
e a olhar para o
distante vazio pra lá .
Como na estrada ,
a não terem fins nos
dias de minha vida que ficaram ,
e a não terem fins nos
dias da minha vida por virem .
E eu continuo lá só e
a esperar .
Quando vejo aquela
enorme carreta carregada ,
que representa tanto a
ti , como a mim .
A ti , o ensejo da minha vida ,
a passageira e esperança à beira da estrada dos meus dias ,
que vem iluminada , radiante , completamente ,
transbordando de vida , a luz da minha vida .
Eu , carregado ,
pesado das frustrações
e das gastanças dos
sentimentos
cansado dos dias e das
coisas ,
mas , completamente , lotado e "enlonado"
nessa imensa carreta ,
de muita paixão e amor para te dar .
Sou eu que buzino , pisco os faróis ,
torno a buzinar repetidas vezes
e a piscar os faróis com insistência ,
até , sumir no horizonte da tua vida .
Até hoje ,
você nem buzinou e nem piscou os faróis para mim .
Tens , apenas , passado por mim
e não dado nenhum esperança de sinalização ,
que , acabará ,
sumindo no horizonte da minha vida .
Como no caso da
carreta e da rodovia ,
que não tinha fim e nem
começo ,
eu vou ficando no meio
do caminho da minha
existência .
Só vendo você passar e te percebendo
cada vez mais longe
dos meus olhos e do meu coração .
Até te perderes no horizonte
das saudades e das desesperanças do amor
que não aconteceu .
Vejo meu sentimento por ti evaporando-se ,
nas decepções e nos ressentimentos ,
esvaziando-se como água ,
que teima em não ficar presa
nas mãos que tentam lhe reter .
De resto e o resto destas considerações ,
deixo para ti , o encanto da minha vida ,
desencantares o final do enredo desta Estória
Sem Fim .
_ Meus respeitos e
afetos carinhosos ,
deste estranho , quase
desconhecido ,
mas ousado e
persistente .
Não tenhas pressa em considerar as minhas palavras ,
mas , se eu encontrar graças
aos teus olhos ,
apressas-te em não me deixares mais solitário ,
plantado e sozinho no
meu da estrada .
Continua ! ...
Assinado : mestresdasgerais . [ Viajante do teu coração ? ... ]
Leitor ! ... Se você tem "inteligência" e "sensibilidade" , leia
com gosto e vontade e tente encontrar a razão que move tanto os autores ,
quanto os personagens desta estória ... e ela vai continuar ... sem fim e
misteriosa ...
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