DIVINACIDADE , 08 DE JANEIRO DE 2013 .
SONHOS E FATOS ... DO IMAGINÁRIO DA VIDA
REAL. 3º CAPÍTULO .
UMA HOMENAGEM ETERNA À AMADA DA
MINHA JUVENTUDE .
Era uma vez ...
Uma moça clara morena mulata da minha juventude .
Professorinha dedicada
, amada pelos seus alunos ,
que se encantou por um
marinheiro .
Tanto fez e aconteceu e
se apresentou faceira ,
que o conquistou .
Namoraram um namoro quente ! ...
E ela nem acreditou ,
quando ele lhe presenteou
com as alianças do noivado .
O namoro , já , era quente ! ...
O noivado esquentou mais ainda , um noivado quente ! ...
Casaram e ele deu baixa da Marinha
e retornaram para a terra
dele .
Ele se estabeleceu
professor e os dois começaram
a tocar a vida .
No início as relações afetivas sexuais eram tantas ,
frequentes , amorosas ,
homem e mulher uma só carne .
Buscavamos nós dois amados , ansiosamente ,
às vezes de noite , muitas vezes de dia mesmo ,
fecundar os filhos amados e desejados .
Posso dizer . Posso afirmar .
Que quando voltava para casa , ainda longe ,
feito macho a procura do cheiro da fêmea no cio ,
eu , também , sentia o cheiro do cio da minha amada .
E isso mexia comigo e me excitava , ainda mais ,
às vezes cansado da jornada do trabalho ,
por mais um dia debaixo do sol ,
mas eu esquecia o cansaço e me renovava .
Não tinha fome de comida ! ...
Minha comida era a fome da minha amada .
E eu a comia , carinhosamente , na cama
ou fora dela , em qualquer lugar , a qualquer hora ,
no afeto e no prazer amoroso .
Enchia-lhe de beijos quentes nas suas coxas quentes .
E me debruçava e beijava e sugava ,
mordiscava e lambia
a sua sexualidade pulsando sôfrega palpitando aberta ,
feito rosa vermelha desabrochada
em flor da primavera .
Quando ela estava pronta ,
desejosa de me receber dentro dela ,
eu a penetrava
excitado , com o meu membro viril rijo e molhado .
E ficávamos ! ... E ficávamos ! ... E ficávamos ! ...
E ficávamos fazendo sexo prazeroso e amoroso
de todos os jeitos e maneiras ,
de todos os jeitos e maneiras ,
eu a penetrava ,
carinhosamente , até nos bastarmos e cansarmos .
Para recomeçarmos , outro dia , outra tarde , a qualquer hora ,
quando desse a vontade e o desejo de muito desejar não
aguentasse mais ,
olhos nos olhos , abraços apertados , entrelaçados , febril ,
o frenesi de mãos e pernas e de corpos se esfregando
na excitação da volúpia e do querer
na excitação da volúpia e do querer
e quando ela ficasse toda molhada e me abrisse as suas coxas
quentes ,
a minha virilidade umedecida e incitada ficasse erétil ,
novamente , muitas vezes
,
eu a penetrava ,
de muitos jeitos e maneiras , nos modos jeitosos e carinhosos .
Foram três anos nesse “amor leonino”,
voraz , de noite e dia , a qualquer hora ,
para fecundarmos os filhos amados e desejados .
Mas não deu e a
frustração foi grande
e , para piorar , ela
teve de fazer uma cirurgia ,
onde perdeu parte das
trompas e dos ovários .
Suas chances de
engravidar reduziram-se
à quase nada mesmo ,
menos de dez por cento .
E isto começou a matar a mulher quente ,
que morava dentro dela
e matar , também , a mulher mãe decepcionada , frustrada e
calada
que , nunca , iria amamentar um filho , fruto e vida do ventre dela
.
E nós dois , de comum acordo , buscamos ,
damos os nossos nomes , damos os nossos destinos ,
a quatro crianças , recém nascidas ,
frutos não de ventre dela , mas muito mais , ainda ,
frutos do seu imenso amor parido no seu próprio coração materno .
Hoje estes frutos se multiplicaram
e temos quatro pedrinhas netinhas preciosas ,
que , só , fazem enfeitar nossas coroas , a dela e a minha também .
Posso afirmar dos filhos , da mãe
dedicada , carinhosamente ,
cuidou dedicada e
competente
desses quatros
rebentos que ela não os pariu
e nem os teve fetos dentro dela .
e nem os teve fetos dentro dela .
Os amou tanto , à sua maneira ,
possessiva , feito galinha choca , que cuida dos seus pintainhos
,
assim foi a minha amada e esposa da minha juventude .
Nada mesmo lhes
faltaram , na primeira infância ,
na segunda e na
terceira ,
da dedicação materna ,
da minha amada e esposa da minha juventude .
Os cuidados se redobraram
quando veio a infância
, tempo da escola ,
tempo de reafirmar a
primeira educação
dos primeiros anos ,
na primeira , na segunda
e na terceira infâncias da vida ,
desses quatros
rebentos alheios ,
mas frutos dos rebentos do nosso
amor e do meu amor por ela .
Veio a fase da
adolescência , veio a fase da juventude ,
e continuaram os
cuidados maternos ,
da minha amada e esposa da minha juventude .
Quanto a qualquer outro casal do lar , vieram os problemas ,
que nos absorveram tempo e dor .
Procuramos entender o inusitado e perdoamos num imenso perdão
e continuaram os cuidados maternos ,
por esses filhos problemas resolvidos , filhos entendidos e
perdoados ,
da minha amada e esposa da minha juventude .
E eles cresceram e
foram .
Deu certo , não deu
certo . Tanto faz ! ...
Mas o amor falou mais
alto , outra vez ,
no coração daquela , da minha amada e esposa da minha juventude .
Continuou com os mesmos cuidado maternos
e , hoje , ela cria quatro novos outros rebentos ,
desta vez rebentos não tão alheios assim ,
desta vez rebentos não tão alheios assim ,
das três filhas do seu coração , com os mesmos desvelos e afetos
,
iguaizinhos e redobrados de trinta e quatro anos atrás ,
a minha amada e esposa da minha juventude .
É a “mamãezinha” das quatros netinhas , de todos os
dias .
Todos os dias ela dá-lhes os banhos diários e cuidadosos .
Todos os dias penteia lhes os cabelos , caprichosamente .
Todos os dias vesti-lhes as roupas limpas , cheirosas e perfumadas
.
No afeto e no amor lhes prepara as comidinhas de todos os dias
e as envias limpas e cheirosas para a escola ,
nesta tarefa e rotina de todos os dias ,
a minha amada e esposa da minha juventude .
Tudo isso e muito mais , tão somente ,
para aguardar no final do dia aqueles quatros passarinhos ,
retornarem ao ninho e ao colo e aos abraços afetuosos ,
da minha amada e esposa da minha juventude .
Que lhes prepara os lanches ,
ensina-lhes os deveres de casa
e com beijos , sermões e
bênçãos ,
depois de escovarem os dentes ,
as coloca ,
essas quatro pedrinhas netinhas preciosas nas camas ,
a minha amada e esposa da minha
juventude .
Findou mais uma
jornada estafante ,
a mil por hora , desta
que tudo dá ,
feito fêmea ciosa e
cuidadosa por suas crias
e , agora , ela cria ,
ainda ,
feito fêmea ciosa e
cuidadosa essas novas crias ,
a minha amada e esposa da minha juventude .
A rotina tem se repetido amanhã
e , com certeza , vai se repetir depois de amanhã
e serão muitos anos , ainda , pela frente ,
nesta vida de abnegação e amor ,
vida e sofrimentos , desprendimentos de todos os dias ,
da minha amada e esposa da minha juventude .
Só uma coisa nos
faltou e tem nos afastado ,
a grande pena , a
grande mágoa , a minha e a dela ,
maior frustração , é
apenas uma só ,
que não fomos mais felizes
, homem e mulher uma só carne .
Na cama , no sexo prazeroso ,
que foi perdendo o seu encanto , saiu da rotina
e perdeu , finalmente , os atrativos e os apetites sexuais ,
das muitas alegrias e das muitas satisfações do passado ,
da vida e laços uma só carne , homem e mulher .
Mas ficou o mais
importante ! ...
O respeito . O diálogo .
Dois pilares únicos , que fazem uma relação familiar ,
ou tanto qualquer outra relação , de negócios ou de acordos ,
indiferentemente , de homens ou de mulheres ou de ambos , durarem
tanto .
Nos respeitamos muito fora da cama ,
que na cama não existe mais nada mesmo ,
mas não há o desrespeito e nem há a infidelidade ,
mas não há o desrespeito e nem há a infidelidade ,
e , mesmo porque , não dormimos juntos mais ,
debaixo das mesmas cobertas .
debaixo das mesmas cobertas .
Nos falamos muito nos diálogos a dois , ainda , homem e mulher ,
juntos na mesmas intenções
e , mesmos separados na cama , combinamos nossas palavras e
ações
nos mesmos rumos e nos mesmos propósitos .
De acabarmos de criar as quatro pedrinhas ,
rebentos preciosos das nossas coroas e netinhas dos nossos corações .
Pois , já , lhes damos os nossos nomes ,
agora , queremos dar-lhes os nossos destinos .
Dar-lhes o nosso afeto e bem querer na vida .
O dela e o meu , do nosso amor ! ...
Dessa que , nunca ,
deixará de ser ,
em vias de quaisquer
percalços ou vicissitudes do amanhã e do depois ,
será , sempre , a minha amada e primeira esposa ,
a companheira da minha juventude .
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