Marcha Nacional pelos 10% do PIB, a favor da Educação. 1ª Parte.
Coisa de Mineiro, UAI! 1ª Parte.
Fomos! Jornada longa e penosa de poucos companheiros da
divinacidade. Mas, de muito mais companheiros inteirados, da cidade das águas prateadas e da cidade do bom nome e bom
envio.
E muito mais guerreiros de saia, Sô! Mulheres valorosas, as daqui e as de lá, das três
cidades, que deixaram maridos ou companheiros, crianças e lares, os afazeres
domésticos ou os afazeres escolares e foram.
Elas foram à Brasília.
Verdadeira cidade da monotonia! Feita no
prumo do pedreiro retângulos parecidos iguais. Feitos caixotes de lajes e
tijolos, feitos em série, como em esteiras de produções. Geometricamente
assemelhados, parecendo-se nos mesmos tamanhos e proporções, encaixotando seus moradores fantasmas.
Elas foram à Brasília.
Repleta de carros correndo céleres,
entupindo as longas e sem mais delongas na pressa, voracitando e disputando as longas
vias do asfalto. Totalmente, órfãos e destituídas nas suas calçadas, calçadões dos moradores locais. Talvez, sem terem o
costume e não serem pessoas contumazes do prazer solidário, das caminhadas de
pernas e gentes nas calçadas, calçadões das multidões nas grandes cidades.
Fomos à Brasília .
Presenciamos a imensa multidão arrastando-se no
asfalto, feito procissão de cobra sucuri colossal, procissão que tinha começo, mas não tinha fim. Mas tinha os ideais bem definidos na cabeça e no peito, de toda aquela gente.
Vimos a esmagadora enchente de gentes e de almas de
trabalhadores, homens e mulheres, demonstrando força e coesão.
Unidos no único propósito de se fazer valer os 10% do PIB
para Educação Brasileira.
E brasileiros eram tantos de todos os cantos deste país, de norte a sul, de
leste a oeste.
Nordestinos e nortistas. Baianos arretados,
pernambucanos visse, alagoanos e cearenses nas suas falas morosa e cantadas.
Sergipanos e outros tantos nordestinos.
Nortistas lá do alto do Brasil viajaram longas,
longas, longas 48, 50 ou outras mais horas, estavam presentes empunhando nas
mãos seus aparatos de guerra. E nas
bocas e nos corações palavras de ordem.
Goianos, mato-grossenses, o pessoal do centro do
Brasil, juntamente com aqueles misturados de verdes
e amarelos, como também sulistas dos gaúchos, paranaenses e barrigas verdes.
Um povaréu enorme de grande, Sô!
Nas suas falas diferentes das nossas, UAI!
Vimos gentes desse Brasil inteiro, Sô!
E fechando as contas e cortejo, a turma de
vermelho. Sudeste dos mineiros, paulistas, cariocas e capixabas. Da turma, trocando os "eles'' silábicos no meio das palavras pelos "erres'' carregados e arrastados e por "us'', quando nos finais das palavras. A turma dos “ esses ” sibilantes e assobiados.
Tava tudo bonito. Tava tudo dominado.
E mineiro que somos, fizemos o nosso trabalho. Quietinho, com jeito, UAI!
Conversamos. Conversa vai, conversa vem. E toca trocar prosa para aquecer os ânimos e os corações, nesse verdadeiro
espicho de “ trem mineiro ”. Gentes com os pés no
chão, mas firmes nos propósitos e nos ideais.
Conhecemos muitas gentes indivíduos.
Andando por entre eles e suas bandeiras, banner e suas faixas conversamos os lugares, os sonhos e as pessoas.
Andando por entre eles e suas bandeiras,
banner e suas faixas conversamos e trocamos “
figurinhas ”, feito meninos e meninas satisfeitos. Deixamos-lhes nossas
lembranças, nossos “ santinhos ”.
Para saberem que caminhamos, também, uma caminhada longa e igual, rumo ao mesmo rumo do que eles.
Quando nos perguntavam que “ santinho ” era
esse, se nós éramos candidatos, dizíamos simplesmente:
_ Não se avexem não! E nem se apoquentem não!
_ Isso é, apenas, coisa de mineiro, UAI!
_ Vejam se cai no gosto e no agrado, VISSE!
E para todos vocês, meia dúzia de centenas que contatamos, nessa nossa caminhada e prosa, de caminhar e prosear pelas avenidas de Brasília, ficaram nossas lembranças e nossas saudades de coração, de mineiro,
UAI!
Da divinacidade DIVINÓPOLIS.
Assinado: mestresdasgerais [ aquele que caminha e fala ].
Nenhum comentário:
Postar um comentário