TERÇA-FEIRA .
CANTO , SÓ , MEU ... PRO MEU SOSSÊGO...
ONDE SOU ... SÓ , EU MESMO ....
37ª SEÇÃO.
37ª SEÇÃO.
À AMOROSA MULHER AMADA ,
AMANTE ESPOSA E SENSATO
AMOR ! . . .
6º POEMA .
Homem Pescador . . .
Andando por andar por aí ,
sem destinos , a esmo vagando incerto ,
sem rumos a que tomar e sem saber
a que procurar pessoas , situações ou lugares . . .
Perscrutando olhos atentos e surfando
nas ondulações feito vagas de gentes e cabeças
neste mar de perplexidades e variedades de pessoas
passando , indo e vindo , nos seus afazeres ,
apressadas nas lidas do quotidiano ,
que tudo leva a recomeçar
sem fim ou recomeço no dia seguinte . . .
Nessa situação e circunstâncias
vejo-me envolvido , absorvido
e diluídas minhas expectativas ilusórias
nas vãs tentativas falidas de encontrar
a pessoa certa , mulher amada dos meus olhares . . .
Tal qual o homem pescador lança suas redes ao mar ,
muitas das vezes, ao dia ou noite a procura do pescado ,
encontro-me homem pescador das ilusões efêmeras ,
passageiras em atirar redes às águas
límpidas ou turvas
límpidas ou turvas
dos muitos incertos corações alheios femininos . . .
Conforme dita a claridade do dia
ou o escuro da noite ,
ou o escuro da noite ,
nos encontros fortuitos ou premeditados ,
seguindo o curso que vai me levando
a ocasião , sorte ou destino ,
mas , o certo até hoje ,
encontro-me com as redes e mãos
e coração vazios . . .
e coração vazios . . .
Não tem me adiantado nada em persistir ,
tornando-me homem no afinco das mãos calejadas
e só curtidas pelas intempéries do sol ou chuva ,
no vento e sal das calmarias dos descasos ,
ou pelas atitudes adversas nesse pesqueiro feminino . . .
Das muitas águas turvas e profundas
e encobertas pelos olhares sedutores ,
que muito prometem lisonjas ,
mas, só levadas ao sabor e ao léu das ondas ,
que nas certezas dos propósitos
não se apegam jamais , feitos mexelhões
agarrados firmes nos rochedos ou
penhascos ,
às águas límpidas e transparentes
das sinceridades . . .
das sinceridades . . .
Que faço por ora desistir frustrado ,
extenuado e esgotado nesta tarefa
do homem pescador ,
do homem pescador ,
em pelejar no mar bravio dos tantos corações
e paixões alheias femininas ,
calco meus pés nas areias das decepções
e recolho as malhas do instrumento de trabalho
nas minhas intenções lúcidas verdadeiras . . .
Pois não foi , ainda , desta vez ,
que se me depararam à avidez dos meus olhares ,
minhas mãos surradas , ainda , não tocaram
minha bela ,
minha bela ,
enroscada pesca em meio às redes trançadas
dos afetos e carinhos recolhidas vazias
e não se aperceberam , ainda , da minha amada ,
esposa amorosa , amante mulher
presa finalmente enlaçada
aos amores do meu coração . . .
Assinado : mestresdasgerais . [ homem pescador dos amores e afetos femininos . . . ]
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