CALOR ANÔNIMO DA
CIDADE.
vultos de
prédios
se
desmanchando
na fumaça
do amanhecer
da cidade.
E meus passos
me levam
por entre
as florestas
de lajes e
tijolos
se perdendo
comigo
na aurora
sem sol
da cidade.
O barulho
das
construções
se
levantando cedo
acorda o
último
operário
sem nome
que vem
pras obras
da cidade.
Por certo
o calor
do trabalho
anônimo,
escondido
nas brumas
persistindo
em envolver
cada colosso
arranha-céu,
sim, tanta
energia
desprendida
na manhã
fria, sem
sol,
será o
incenso
se elevando
aos céus,
aquecendo
um pouquinho
cada parcela
por toda
parte
da cidade.
[Escrito por
jovem marinheiro
em 1970]
Nenhum comentário:
Postar um comentário