2013 .
QUARTA –FEIRA .
SONHOS E FATOS ... DO IMAGINÁRIO
DA VIDA REAL. 9º CAPÍTULO .
DO OUTRO LADO DO RIO
TINHA UM TESOURO ! . . .
Era um vez . . .
Um menino
, “bão” de se ver , obediente , cresceu
trabalhador ao lado do Pai .
Pai ,
fazendeiro , cuidadoso de gado , criava bois , vacas e bezerros na sua
propriedade .
Tinha
vários camaradas , que naquele tempo não tinha trator .
Não tinha
colheitadeira . Tinha era o suor da enxada do homem simples da roça .
Que roçava
o pasto , arava a terra , plantava milho , arroz e feijão , olhando o tempo
certo da estação .
Que a estação
naquela época era estação que vinha no tempo certo e não “faiava” .
E havia
fartura na mesa , vinda do suor derramado , vindo da terra e ninguém passava
fome por aquelas bandas .
E o menino
foi crescendo , vendo tudo isto nessa gente simples , trabalhadeira , ordeira e
pacífica , que tinha pouco dinheiro guardado .
Que dinheiro , naquela época , era artigo raro
.
Mas o que
não era raro era a honra e a palavra dada e
empenhada , era cumprida .
E o menino
vendo tudo isto , cresceu menino trabalhador , respeitador , solidário e
prestativo , sim senhor ! . . .
Aí que entra a estória que vamos contar .
Verdadeira
ou faz de contas , eu deixo por sua conta e risco, Leitor ( a ) ! . . .
Conta-se ,
ainda , hoje por aquelas bandas , que o povo não esqueceu .
O menino
recebia do Pai , todos os dias , depois da viração do dia .
À tardinha
, após ter apartado os bezerros , capinado junto com os camaradas , que
apreciava de aprender um ofício novo , recebia uns trocadinhos pelos serviços
prestados .
E todos os
dias , bem à tardinha estava sempre dizendo a mesma fala pro Pai :
– “Péra aí” Pai , que vou ali . . .
– Vou pro outro lado do rio , “gorinha” mesmo tô de volta e volto já . . .
Era até
divertido ouvir a mesma estória e engraçado de se ver o menino dizer e repetir
as mesmas frases .
Que o Pai
achava mais graça ainda e aumentava sempre mais os trocadinhos .
Pelos
serviços prestados pelo menino trabalhador , após a viração do dia .
E o menino
foi crescendo , os dias passando , que tudo passa.
Ficou rapaz , a barba cresceu .
Teve que
começar a rapar , para ter reparo e olhares das moças do lugar .
Mas
continuava com a mesma estória depois da viração do dia .
Mesmo
exausto e vendo se acabar mais um dia , cheio das obrigações e das lidas de todos
os dias .
Que
trabalhos demais ou trabalhos de menos , não cansam, mas honram
quem os faz com dedicação e vontade ! . . .
E sempre
estava a dizer pro Pai :
– “Péra aí” Pai , que vou ali . . .
– Vou pro outro lado do rio , “gorinha” mesmo tô de volta e volto já . . .
O Pai que
nunca ligava e achava graça nessa estória , “péra aí Pai , que vou ali , pro outro lado do rio , gorinha mesmo tô de volta e volto já” , um dia
ligou e se tocou e quis saber , que estória era esta .
O menino orgulhoso , agora rapaz , de ter
chamado finalmente a atenção do Pai .
Que agora
o via como homem resolvido , estufou peito e só disse :
– Venha meu Pai , que vou mostrar pro Senhor , a
minha ocupação de todos os dias.
– Depois da viração do dia , bem à tardinha ,
do outro lado do rio .
Pai e
Filho atravessaram o rio , para as bandas de outras terras , que todos diziam
ter dono , mas ninguém sabia que dono era este .
Viram a
terra cuidada e arada , plantada com milho , feijão e arroz do tempo certo da
estação .
Viram um
punhadinho de gado , bois , vacas e bezerros, pastando sossegado no pasto .
Roçado e
cuidado .
Viram um
ranchinho se levantando do chão , de tijolos de pau a pique , com a cobertura ,
ainda , por fazer e se assentar sede da fazenda .
Agradou
muito aos olhos do Pai o esmero daquela terrinha cuidada com zelo e nada de
desmazelo por um proprietário trabalhador .
Quis saber
quem era este dono desconhecido , camarada do lugar , ou camarada de fora ? . . .
Aí o
menino , que não era mais menino .
Era rapaz
feito , quase homem completo , já crescido nas barbas e das vergonhas , na
maneira simples de dizer .
Na
linguagem sincera daquele povo honesto , trabalhador do lugar , disse assim pro
seu Pai :
– Meu Pai ! . . .
Tudo isto que o Senhor está vendo , até onde as
suas vistas podem alcançar é o resultado daqueles trocadinhos .
Que todos os dias , desde menino , o Senhor me
agraciava pelos trabalhos prestados , lado a lado com os camaradas da fazenda .
Juntei esses “trocadinhos” , adquiri essas
terrinhas .
E todos os dias , depois das lidas e tarefas ,
que me cumpriam fazer pro Senhor , eu vinha .
Para esse lado do rio , depois da viração do
dia , bem à tardinha , para cuidar das minhas terrinhas também .
Os olhos do Idoso , que o Pai agora já era
de idade , vazaram d’água ! . . .
Não disse nada ! . . .
Só deu um
abraço apertado , muito apertado de se dar, a quem a gente quer muito bem !
. . .
Levantou
as vistas pro alto . . .
Olhou além
das estrelas . . .
E agradeceu a DEUS por ter criado um filho “tão bão” , obediente e
trabalhador , que honrou o seu nome .
Pois está
escrito :
– “Honra
teu Pai e tua Mãe , para que se prolonguem os teus dias na terra que Iahweh teu
Deus te dá” .
ESTE É O
PRIMEIRO MANDAMENTO COM PROMESSAS DE DEUS : VIDA PRÓSPERA , FELIZ E LONGEVA
AOS BONS FILHOS E FILHAS ! . . .
Assinado : mestresdasgerais .
[ uma homenagem sincera ,
de coração ,
a todos e todas bons ,
filhos e filhas , que honram Pai e Mãe ! . . . ]
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