UMA
HOMENAGEM ETERNA À AMADA DA
MINHA
JUVENTUDE .
Era
uma vez ...
Uma
moça clara morena mulata da minha juventude .
Professorinha
dedicada , amada pelos seus alunos ,
que
se encantou por um marinheiro .
Tanto
fez e aconteceu e se apresentou faceira ,
que
o conquistou .
Namoraram
um namoro quente ! ...
E
ela nem acreditou , quando ele lhe presenteou
com
as alianças do noivado .
O
namoro , já , era quente ! ...
O
noivado esquentou mais ainda , um noivado quente ! ...
Casaram
e ele deu baixa da Marinha
e
retornaram para a terra dele .
Ele
se estabeleceu professor e os dois começaram
a
tocar a vida .
No
início , as relações afetivas sexuais eram tantas ,
frequentes
, amorosas ,
homem
e mulher uma só carne .
Buscávamos
nós dois amados , ansiosamente ,
às
vezes de noite , muitas vezes de dia mesmo ,
fecundar
os filhos amados e desejados .
Posso
dizer . Posso afirmar .
Que
quando voltava para casa , ainda longe ,
feito
macho a procura do cheiro da fêmea no cio ,
eu
, também , sentia o cheiro do cio da minha amada .
E
isso mexia comigo e me excitava , ainda mais ,
às
vezes cansado da jornada do trabalho ,
por
mais um dia debaixo do sol ,
mas
eu esquecia o cansaço e me renovava .
Não
tinha fome de comida ! ...
Minha
comida era a fome da minha amada .
E
eu a comia , carinhosamente , na cama
ou
fora dela , em qualquer lugar , a qualquer hora ,
no
afeto e no prazer amoroso .
Enchia-lhe
de beijos quentes nas suas coxas quentes .
E
me debruçava e beijava e sugava ,
mordiscava
e lambia
a
sua sexualidade pulsando sôfrega palpitando aberta ,
feito
rosa vermelha desabrochada em flor da primavera .
Quando
ela estava pronta ,
desejosa
de me receber dentro dela ,
eu
a penetrava
excitado
, com o meu membro viril rijo e molhado .
E
ficávamos ! ... E ficávamos ! ... E ficávamos ! ...
E
ficávamos fazendo sexo prazeroso e amoroso
de todos os jeitos e maneiras ,
de todos os jeitos e maneiras ,
eu
a penetrava ,
carinhosamente
, até nos bastarmos e cansarmos .
Para
recomeçarmos , outro dia , outra tarde ,
a
qualquer hora ,
quando
desse a vontade e o desejo de muito desejar não aguentasse mais ,
olhos
nos olhos , abraços apertados ,
entrelaçados
, febril ,
o
frenesi de mãos e pernas e de corpos se esfregando
na excitação da volúpia e do querer
na excitação da volúpia e do querer
e
quando ela ficasse toda molhada e me abrisse
as
suas coxas quentes ,
a
minha virilidade umedecida e incitada ficasse erétil ,
novamente
, muitas vezes ,
eu
a penetrava ,
de
muitos jeitos e maneiras , nos modos
jeitosos
e carinhosos .
Foram
três anos nesse “amor leonino”,
voraz
, de noite e dia , a qualquer hora ,
para
fecundarmos os filhos amados e desejados .
Mas
não deu e a frustração foi grande
e
, para piorar , ela teve de fazer uma cirurgia ,
onde
perdeu parte das trompas e dos ovários .
Suas
chances de engravidar reduziram-se
à
quase nada mesmo , menos de dez por cento .
E
isto começou a matar a mulher quente ,
que
morava dentro dela
e
matar , também , a mulher mãe decepcionada ,
frustrada
e calada
que
, nunca , iria amamentar um filho ,
fruto
e vida do ventre dela .
E
nós dois , de comum acordo , buscamos ,
damos
os nossos nomes , damos os nossos destinos ,
a
quatro crianças , recém nascidas ,
frutos
não de ventre dela , mas muito mais , ainda ,
frutos
do seu imenso amor parido
no
seu próprio coração materno .
Hoje
estes frutos se multiplicaram
e
temos quatro pedrinhas netinhas preciosas ,
que
, só , fazem enfeitar nossas coroas ,
a
dela e a minha também .
Posso
afirmar dos filhos , da mãe dedicada , carinhosamente,cuidou
dedicada e competente
desses
quatros rebentos que ela não os pariu
e nem os teve fetos dentro dela .
e nem os teve fetos dentro dela .
Os
amou tanto , à sua maneira ,
possessiva
, feito galinha choca ,
que
cuida dos seus pintainhos ,
assim
foi a minha amada e esposa da minha juventude .
Nada
mesmo lhes faltaram , na primeira infância ,
na
segunda e na terceira ,
da
dedicação materna ,
da
minha amada e esposa da minha juventude .
Os
cuidados se redobraram
quando
veio a infância , tempo da escola ,
tempo
de reafirmar a primeira educação
dos
primeiros anos ,
na
primeira , na segunda e na terceira infâncias da vida ,
desses
quatros rebentos alheios ,
mas
frutos dos rebentos do nosso amor
e
do meu amor por ela .
Veio
a fase da adolescência , veio a fase da juventude ,
e
continuaram os cuidados maternos ,
da
minha amada e esposa da minha juventude .
Quanto
a qualquer outro casal do lar ,
vieram
os problemas ,
que
nos absorveram tempo e dor .
Procuramos
entender o inusitado e perdoamos
num
imenso perdão
e
continuaram os cuidados maternos ,
por
esses filhos problemas resolvidos ,
filhos
entendidos e perdoados ,
da
minha amada e esposa da minha juventude .
E
eles cresceram e foram .
Deu
certo , não deu certo . Tanto faz ! ...
Mas
o amor falou mais alto , outra vez ,
no
coração daquela , da minha amada e esposa
da
minha juventude .
Continuou
com os mesmos cuidado maternos
e
, hoje , ela cria quatro novos outros rebentos ,
desta vez rebentos não tão alheios assim ,
desta vez rebentos não tão alheios assim ,
das
três filhas do seu coração ,
com
os mesmos desvelos e afetos ,
iguaizinhos
e redobrados de trinta e quatro anos atrás ,
a
minha amada e esposa da minha juventude .
É
a “mamãezinha” das
quatros netinhas ,
de
todos os dias .
Todos
os dias ela dá-lhes os banhos diários e cuidadosos .
Todos
os dias penteia-lhes os cabelos , caprichosamente .
Todos
os dias vesti-lhes as roupas limpas ,
cheirosas
e perfumadas .
No
afeto e no amor lhes prepara as comidinhas
de
todos os dias
e
as envias limpas e cheirosas para a escola ,
nesta
tarefa e rotina de todos os dias ,
a
minha amada e esposa da minha juventude .
Tudo
isso e muito mais , tão somente ,
para
aguardar no final do dia aqueles quatros passarinhos ,
retornarem
ao ninho e ao colo e aos abraços afetuosos ,
da
minha amada e esposa da minha juventude .
Que
lhes prepara os lanches , ensina-lhes
os
deveres de casa
e
com beijos , sermões e bênçãos ,
depois
de escovarem os dentes , as coloca ,
essas
quatro pedrinhas netinhas preciosas nas camas ,
a
minha amada e esposa da minha juventude .
Findou
mais uma jornada estafante ,
a
mil por hora , desta que tudo dá ,
feito
fêmea ciosa e cuidadosa por suas crias
e
, agora , ela cria e lambe , ainda ,
feito
fêmea ciosa e cuidadosa essas novas crias ,
a
minha amada e esposa da minha juventude .
A
rotina tem se repetido amanhã
e
, com certeza , vai se repetir depois de amanhã
e
serão muitos anos , ainda , pela frente ,
nesta
vida de abnegação e amor ,
vida
e sofrimentos , desprendimentos de todos os dias ,
da
minha amada e esposa da minha juventude .
Só
uma coisa nos faltou e tem nos afastado ,
a
grande pena , a grande mágoa , a minha e a dela ,
maior
frustração , é apenas uma só ,
que
não fomos mais felizes , homem e mulher
uma
só carne .
Na
cama , no sexo prazeroso ,
que
foi perdendo o seu encanto , saiu da rotina
e
perdeu , finalmente , os atrativos e os apetites sexuais,
das
muitas alegrias e das muitas satisfações do passado ,
da
vida e laços uma só carne , homem e mulher .
Mas
ficou o mais importante ! ...
O
respeito . O diálogo .
Dois
pilares únicos , que fazem uma relação familiar ,
ou
tanto qualquer outra relação , de negócios
ou
de acordos ,
indiferentemente
, de homens ou de mulheres ou de ambos , durarem tanto .
Nos
respeitamos muito fora da cama ,
que
na cama não existe mais nada mesmo ,
mas não há o desrespeito e nem há a infidelidade ,
mas não há o desrespeito e nem há a infidelidade ,
e
, mesmo porque , não dormimos juntos mais ,
debaixo das mesmas cobertas .
debaixo das mesmas cobertas .
Nos
falamos muito nos diálogos a dois , ainda ,
homem
e mulher ,
juntos
na mesmas intenções
e
, mesmos separados na cama , combinamos
nossas
palavras e ações
nos
mesmos rumos e nos mesmos propósitos .
De
acabarmos de criar as quatro pedrinhas ,
rebentos
preciosos das nossas coroas e netinhas
dos
nossos corações .
Pois
, já , lhes damos os nossos nomes ,
agora
, queremos dar-lhes os nossos destinos .
Dar-lhes
o nosso afeto e bem querer na vida .
O
dela e o meu , do nosso amor ! ...
Dessa
que , nunca , deixará de ser ,
em
vias de quaisquer percalços ou vicissitudes
do
amanhã e do depois ,
será
, sempre , a minha amada e primeira esposa ,
a
companheira da minha juventude .
Assinado
: mestresdasgerais . [ homem
amoroso e fiel ]
PARA
TI , AMADA COMPANHEIRA
DA
MINHA JUVENTUDE ! . . .
NO
AFIM DE TE LEMBRARES
COM
CARINHO E AMIZADE DESTE ,
QUE
VIVEU MUITOS E MUITOS LONGOS ANOS AO TEU LADO . . .
E
, NESTA “ALTURA DA VIDA”
, ESTÁ TOMANDO “OUTROS RUMOS”
,
MAS
NUNCA TE ESQUECERÁ . . .
TE
OFEREÇO “HOJE E SEMPRE”
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